A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, anunciou a criação de um gatilho para retomar a quarentena em locais onde ocorrer um repique nos casos de coronavírus.
Distritos devem voltar ao confinamento se aparecerem 50 novos casos de coronavírus por 100 mil habitantes em um período de sete dias.
A ideia é que a transmissão seja contida no local em que apareceu, evitando que o vírus se espalhe para outras regiões do país. A Alemanha tem um programa amplo de testes, rastreamento dos contatos de casos positivos e isolamento dos doentes e suspeitos.
> CORONAVÍRUS | A cobertura completa
"Estamos nos dando o luxo de sermos um pouco ousados, mas devemos permanecer cautelosos", disse Merkel. Segundo ela, com o aumento dos encontros entre pessoas após as novas medidas de relaxamento, é preciso redobrar os cuidados.
Nesta quarta, os líderes das 16 regiões alemãs anunciaram novas permissões, como a de que pessoas de duas casas diferentes se encontrem, se visitem ou comam juntas.
Todas as lojas poderão funcionar, desde que obedecidos o uso de máscaras e a distância de 1,5 metro entre as pessoas.
Idosos em asilos poderão receber um visitante específico, e escolas começarão a retomar as aulas de forma gradual.
Caberá aos governos regionais decidir quando reabrir hotéis e restaurantes -vários deles anunciaram que farão isso em maio. Os estados também poderão planejar a abertura de teatros, cinemas e salas de espetáculo, de forma gradual, segundo Merkel.
Na quinta, a Bundesliga, federação de futebol, definirá uma data para o recomeço do campeonato, com jogos sem torcida e quarentena de duas semanas para os atletas.
Até esta quarta, a Alemanha registrava 8,3 mortes por 100 mil habitantes, muito abaixo dos outros grandes países europeus. Como comparação, a Espanha tem 55, a Itália, 48, o Reino Unido, 43, e a França, 39 mortes por 100 mil habitantes.
O número de contágio calculado pelo instituto Robert Koch para o país é 0,7, ou seja, cada 10 pessoas infectadas pelo coronavírus transmitem a doença para outras 7, o que reduz a velocidade da epidemia.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta