A agência nacional de saúde da Alemanha apresentou nesta terça-feira (7) um aplicativo capaz de rastrear casos do coronavírus no país.
Com o consentimento dos usuários, o app se conecta a monitores como pulseiras eletrônicas, faixas toráxicas e relógios inteligentes, e alerta para sinais de infecção.
O aplicativo, desenvolvido pelo instituto Robert Koch e pela startup Thryve, coleta data, local aproximado e pulsação em repouso, qualidade do sono e níveis de atividade, sinais que costumam se alterar com doenças que afetam a capacidade respiratória.
Segundo o instituto alemão, se for usado por uma amostra grande de pessoas, o aplicativo permitirá fazer previsões sobre contágios e dimensionar efeitos de medidas de distanciamento, o que pode tornar mais segura uma retomada das atividades.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse nesta terça, porém, que é "muito cedo para falar em relaxamento da quarentena".
Segundo ela, embora o intervalo de dias em que o número de casos dobra (uma medida de velocidade de contágio) esteja caindo, esse é apenas um dos indicadores usados nas decisões do governo.
A Alemanha adotou as primeiras medidas de distanciamento seis dias depois da primeira morte por coronavírus no país e implantou o lockdown depois de mais uma semana, em 22 de março.
Com um dos sistemas de saúde mais preparados do continente (são 29 leitos de UTI por 100 mil habitantes, o dobro do que tem a Bélgica, por exemplo), o país tem 126 casos confirmados por 100 mil habitantes, mas número proporcional de mortes reduzido: 2,3.
Até a tarde de terça, 36.081 pessoas já haviam se recuperado da doença.
Merkel também afirmou que qualquer retomada será feita de forma gradual e que "a pior coisa seria declarar um relaxamento e depois ter que voltar atrás porque as mortes aumentaram". Segundo especialistas, porém, períodos variáveis de abertura e fechamento podem ser uma estratégia para retomar a economia.
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