Três pessoas foram filmadas se abraçando instantes antes de serem levadas pelas águas do rio Natisone, próximo à cidade de Udine, no norte da Itália. Segundo os bombeiros, os corpos de Patrizia Cormos, 20, e Bianca Doros, 23, foram encontrados no domingo (2), mas Cristian Molnar, 25, ainda está desaparecido.
Os três desapareceram na última sexta-feira (31). Eles caminhavam às margens do rio Natisone quando repentinamente o nível das águas subiu. Cormos ligou para o Corpo de Bombeiros, mas a ajuda chegou tarde. Os bombeiros tentaram um resgate por meio de cordas, mas não tiveram sucesso.
Segundo relatou o jornal italiano Corriere del Veneto, um bombeiro chegou a mergulhar para ir até o local onde as três vítimas estavam, mas não conseguiu chegar devido à força da correnteza. O helicóptero do Corpo de Bombeiros, por sua vez, chegou um minuto e meio depois que as três pessoas haviam sido arrastadas pela enchente.
A morte das duas mulheres, conforme apontaram especialistas ao Sky TG24, pode ter ocorrido poucos momentos depois de terem passado por baixo de uma ponte, local onde de fato desapareceram de vista. Arrastados pela força das águas, os corpos provavelmente já sem vida por conta da baixa temperatura da água enroscaram-se em barrancos e na vegetação.
O subcomandante do Corpo de Bombeiros disse que a missão segue à procura de Cristian Molnar -com ou sem vida. "As buscas continuam com todos os recursos que temos no terreno. Não vamos parar até encontrarmos o terceiro desaparecido. A esperança, embora reduzida, é encontrá-lo ainda vivo", afirmou Sergio Benedetti.
Patrizia Cormos estudava na Academia de Belas Artes de Udine. Na manhã da tragédia, após fazer uma prova de modelagem 3D, recebeu um convite de Bianca Doros para passear de carro e andar às margens do rio Natisone. Doros, que estudava economia em Bucareste, na Romênia, estava de volta a Udine para visitar os pais. O passeio era uma chance de rever a amiga e o namorado Cristian Casian Molnar, que estava antes na Áustria.
A mãe de Cormos, no entanto, hesitou em deixar sua filha ir. "Eu sugeri que ela não fosse, porque estava cansada, mas ela disse: 'vamos ficar um pouco e tirar algumas fotos. Vamos, mamãe, não fique brava'", contou ao Corriere del Veneto. Ela eventualmente cedeu.
"A região expressa suas mais profundas condolências e solidariedade às famílias na tragédia que as atingiu, um momento dramático no qual toda a comunidade regional está unida em pensamento", declarou o governador de Friuli Venezia-Giulia, Massimiliano Fedriga, ao receber a notícia das mortes das duas mulheres.
Agora, segundo o jornal La Stampa, além da busca por Cristian Molnar, o ministro responsável pela proteção civil, Nello Musumeci, abriu uma discussão sobre as operações de resgate. Ele disse querer saber se os três poderiam ter sido salvos se o helicóptero tivesse decolado de Udine, em vez de Veneza. Um relatório com detalhes do procedimento de resgate é previsto ser entregue nos próximos dias.
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