Agência Brasil - Milhares de pessoas voltaram às ruas de Santiago do Chile nesta quarta-feira (23) insatisfeitas com as medidas propostas pelo presidente, Sebastián Piñera, na noite de terça (22). Piñera anunciou um incremento às aposentadorias, a criação de um teto para os gastos com medicamentos, a redução nas tarifas de energia elétrica e o aumento dos impostos para os mais ricos.
Os chilenos, no entanto, demonstram insatisfação, pois as medidas anunciadas não serão imediatas e ainda terão que passar por aprovação no Congresso. Além disso, algumas das propostas não são novas e já estavam tramitando no Parlamento, como a criação de um teto para os gastos com medicamentos.
Os manifestantes pedem ainda a renúncia do ministro do Interior, Andrés Chadwick, a quem culpam pelas mortes e pela violenta repressão aos protestos dos últimos dias. Chadwick esteve nesta quarta-feira (23) na Câmara dos Deputados, onde fez um balanço das manifestações e explicou as razões que levaram Piñera a decretar estado de emergência.
As manifestações, em sua maioria, correm de forma pacífica. Manifestantes com cartazes e bandeiras seguem marchando nas ruas de Santiago, a capital do país, tentando se aproximar do Palácio de La Moneda, sede da Presidência. Os carabineros, a polícia chilena, estabeleceu barreiras de proteção na tentativa de conter o avanço da marcha. Alguns manifestantes forçaram as barreiras e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo e spray de pimenta, além de jatos de água.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta