O secretário de Defesa americano, Mark T. Esper, foi demitido pelo presidente Donald Trump nesta segunda-feira (9), a última vítima na sequência de demissões do presidente de altos funcionários da segurança nacional que discordaram dele. No Twitter, Trump anunciou que Esper estava "encerrado".
Ele será substituído pelo diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo, Christopher Miller. "Chris fará um ÓTIMO trabalho! Mark Esper foi demitido. Agradeço por seu trabalho", escreveu sem cerimônias o presidente no Twitter, dois dias depois do anúncio de sua derrota para Joe Biden na eleição presidencial.
A queda de Esper era esperada há meses, depois que ele tomou a rara medida em junho de discordar publicamente de Trump e dizer que tropas militares da ativa não deveriam ser enviadas para controlar a onda de protestos nas cidades americanas. O presidente, que havia ameaçado usar o Ato de Insurreição para fazer exatamente isso, ficou furioso, disseram as autoridades.
O porta-voz de Esper tentou, na época, reparar os danos, dizendo ao New York Times que Trump também não queria usar o Ato de Insurreição, ou então já o teria invocado. "Não conseguimos ver a desconexão", disse Jonathan Hoffman, porta-voz de Esper.
Esper, de 56 anos, ex-secretário do Exército e ex-executivo da Raytheon, tornou-se secretário de Defesa no ano passado depois que Trump retirou a nomeação de Patrick M. Shanahan, secretário de Defesa interino, em meio a um inquérito do FBI (polícia federal americana) sobre as alegações da ex-mulher de Shanahan de que ele teria dado um murro em seu estômago. Shanahan negou as acusações.
Shanahan estava substituindo Jim Mattis, que renunciou ao cargo de secretário de defesa em 2018, citando suas próprias diferenças com o presidente.
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