Argentina e Equador precisam de reformas estruturais, e podem precisar de mais apoio, afirmou nesta sexta-feira (30) a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva. Em discussão sobre o financiamento da recuperação do impacto da covid-19, a diretora citou os dois países em um grupo de emergentes com altas dívidas e economia pouco diversificada, com grande dependência de algumas commodities. "Não basta empurrar" os problemas que levaram às atuais crises, afirmou.
Ainda assim, Georgieva fez previsões otimistas, e indicou que espera "um futuro melhor para os países emergentes".
Na perspectiva do FMI, o PIB global terá crescimento de 5,2% em 2021. A dirigente espera uma vacina contra a covid-19 para disponível em meados do ano que vem, e a erradicação dos efeitos da pandemia na economia em 2022.
Uma grande questão colocada por Georgieva foi a situação de países de menor renda. "Não queremos uma nuvem de desconfiança para todos", disse ela, afirmando que o ideal é observar cada nação individualmente, já que algumas fizeram "o dever de casa", não podendo todos serem tratados da mesma forma. Sobre o continente africano, projetou crescimento de 3% em 2021, abaixo do global, o que representa um problema para diversos países que vinham apresentando dinamismo.
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