Duas explosões atingiram os arredores do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, em Cabul, onde afegãos e ocidentais se concentram para tentar uma vaga na evacuação liderada pelos EUA do país sob o Talibã.
Segundo a agência de notícias Reuters, o grupo radical disse ter havido ao menos 13 mortos, incluindo crianças, no aparente ataque suicida, mas autoridades americanas afirmam que o número pode ser ainda maior.
Os ataques da manhã desta quinta-feira (26) ocorrem após a Casa Branca e seus aliados alertarem sobre riscos iminentes de atos terroristas da filial afegã do Estado Islâmico, adversária do Talibã, o que impactou o processo de retirada do país.
Foram duas explosões: uma na principal entrada do aeroporto, o Abbey Gate, e outra próxima ao hotel Baron, nas imediações do terminal aéreo, segundo o Pentágono.
Ao menos 30 pessoas feridas foram atendidas em um hospital de Cabul. Civis afegãos, soldados talibãs e três militares americanos estão entre os atingidos. Im dos soldados dos EUA ficou gravemente ferido, segundo informações preliminares de autoridades do país. A embaixada do país em Cabul também relatou disparos com armas de fogo.
A percepção de que o Ocidente está correndo para minimizar seu fiasco no Afeganistão, evidenciada na decisão de alguns países de suspender seus voos de evacuação nesta quinta-feira (26), gerou uma renovada corrida de pessoas desesperadas às imediações do aeroporto da capital.
De acordo com o relato de diplomatas ocidentais que ainda permanecem na cidade a agências de notícias, o fluxo que havia sido contido por bloqueios do Talibã aumentou muito. O prazo limite para a ação com presença militar estrangeira é a próxima terça (31).
Americanos e ocidentais diziam haver ameaça terrorista associada ao Estado Islâmico Khorasan, a filial afegã do famoso grupo extremista que chegou a dominar vastas áreas na Síria e no Iraque em meados da década passada.
"Não posso ser mais enfático sobre o desespero da situação. A ameaça é real, iminente, letal", afirmou o ministro das Forças Armadas britânico, James Heappey, corroborando o relato feito na noite de quarta pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken, responsável pela diplomacia do país.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta