O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (10), a doação de 500 milhões de doses das vacinas da Pfizer contra a Covid-19 para cerca de 100 dos países de menor renda do mundo. "Não incluem pressões e favores, estamos salvando vidas", disse o americano sobre as entregas, que já haviam sido adiantadas pela imprensa americana e agora foram formalizadas em discurso no Reino Unido.
"Desde o começo, falei que precisávamos atacar o vírus globalmente", indicou Biden, concluindo que "temos de fazer tudo o que pudermos para vacinar o mundo contra covid-19". O anúncio ocorreu após encontro com Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, país que lidera temporariamente o G7 e que é sede da reunião anual do grupo em 2021, que ocorre em Cornualha. Segundo o americano, o anúncio de hoje foi a "inauguração" das contribuições no tema, e amanhã o G7 deverá publicar maiores compromissos.
"A projeção para aumento do PIB dos EUA é de 6,9% em 2021", indicou Biden, como "um resultado da recuperação da pandemia". No entanto, sem uma vacinação global, o presidente aponta riscos, como mutações do coronavírus e uma retomada mais lenta em outros países.
O plano envolverá a entrega de 200 milhões de vacinas em 2021 e 300 milhões de doses na primeira parte de 2022. O CEO da Pfizer, Albert Bourla, discursou após Biden, quando agradeceu os esforços do governo americano, e indicou que as 500 milhões de doses fazem parte de um objetivo da empresa de entregar 2 bilhões de vacinas para países de renda baixa e média nos próximos 18 meses. Além disso, o CEO indicou que a Pfizer segue buscando ampliar o combate à covid-19, seja com novos tratamentos, ou com a ampliação de vacinas para pessoas mais jovens e para as grávidas.
Biden descreveu o encontro com Johnson como uma "reunião muito produtiva", e afirmou que "renovamos nossa parceria e defesa da democracia", lembrando pontos históricos do compromisso transatlântico. Segundo o presidente, "discuti com Johnson uma abordagem ampla para combater as mudanças climáticas", além de temas como cibersegurança. O britânico é anfitrião do G7, composto pelas principais economias desenvolvidas do mundo - EUA, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá - que tem a reunião de líderes marcada para de sexta-feira a domingo.
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