O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, detalhou nesta quinta-feira (14), o pacote econômico para ajudar os americanos a resistir ao choque econômico da pandemia do coronavírus e injetar mais dinheiro em testes e distribuição de vacinas. O plano, que ele chamou "ambicioso" mas viável e capaz de salvar o país, será proposto ao Congresso, chega à soma de US$ 1,9 trilhão.
O principal foco da proposta é na vacinação e no alívio para os cidadãos, com o pagamento de cheques no valor de US$ 1.400, que devem se somar aos US$ 600 já aprovados em dezembro, totalizando um auxílio de US$ 2 mil.
O pacote traz ainda uma das mais ousadas propostas de campanha de Biden de aumentar o salário mínimo nacional. O plano propõe que o salário-base por hora mais do que dobre, indo de US$ 7,25 (R$37,76) para US$ 15 (R$ 78) por hora.
O plano está sustentado em três grandes eixos: colocar mais recursos no enfrentamento à pandemia com US$ 400 bilhões, com a aceleração da vacinação e um grande incremento na capacidade de testagem; fornecer ajuda direta para algumas famílias americanas, para as quais foi reservado cerca de US$ 1 trilhão; e apoiar empresas e comunidades mais afetadas pela crise, com cerca US$ 440 bilhões.
Para a vacinação, Biden prevê US$ 20 bilhões para parcerias com administrações locais. Outro foco do presidente é a reabertura de escolas, e o investimento em infraestrutura para se adequar aos protocolos da pandemia conta com US$ 130 bilhões do pacote, a fim de realizar uma "reabertura com segurança".
A testagem para a Covid-19, outra prioridade deve receber US$ 50 bilhões. Em vista das novas variantes do coronavírus encontradas no Reino Unido e na África do Sul, Biden afirma que espera expandir "criticamente" a capacidade de sequenciamento do país.
Após a divulgação do plano pelo partido, Biden fez um discurso na noite desta quinta em Delaware. Ele afirmou que o grave momento exige uma resposta à altura. "Um coro crescente de importantes economistas concorda que, neste momento de crise, com as taxas de juros em baixas históricas, não podemos nos permitir a inação", disse.
Fontes da administração indicam que também é esperado que seja apresentada uma segunda proposta, focada na recuperação econômica e crescimento do país, que usará empregos e infraestrutura como ferramentas no combate à mudanças climáticas.
Com as agências Estado e Folhapress
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