O candidato democrata à Presidência dos EUA, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (8) que os americanos conhecerão sua posição sobre o aumento do número de juízes da Suprema Corte apenas após as eleições -caso ele vença.
Biden, que repetidamente se recusou a dizer sua opinião sobre o tema, disse a jornalistas que revelá-la agora apenas distrairia os eleitores de focar a indicação feita pelo presidente Donald Trump ao tribunal. O republicano nomeou a ultraconservadora Amy Coney Barrett para ocupar uma cadeira da corte, e o Comitê Judiciário do Senado deve começar as audiências de confirmação na segunda-feira (12).
"No momento em que eu responder à questão, as manchetes de cada um de seus jornais será sobre isso, e não sobre o que está acontecendo agora", disse Biden.
Com a indicação de Barrett, Trump deve ampliar a maioria conservadora da Suprema Corte, dos 5 a 3 atuais para 6 a 3, o que mudaria de vez a bússola-político ideológica do país. O processo de nomeação ocorre devido à morte da magistrada progressista Ruth Bader Ginsburg.
Os democratas defendem que o novo nome do tribunal seja indicado pelo presidente eleito em 3 de novembro, mas os republicanos correm para confirmar Barrett no cargo. Por isso, uma ala do Partido Democrata propõe ampliar o número de juízes da corte caso Biden seja eleito.
Se o plano se concretizar, ele teria o direito de indicar novos nomes e fazer com a maioria da Suprema Corte fosse progressista.
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