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Bolsas de NY fecham em alta com pacote contra Covid-19 e balanços

Bolsas de NY fecham em alta com pacote contra Covid-19 e balanços

O setor fechou após a assinatura de mais estímulos fiscais para fazer frente aos efeitos da covid-19 e com sinalizações de possíveis ajudas para setores como energia

Publicado em 24 de abril de 2020 às 18:03

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Bolsas de valores começaram o dia em alta após uma segunda-feira de caos
Bolsas de valores começaram o dia em alta após uma segunda-feira de caos. (Pixabay)

As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta sexta-feira, 24, após a assinatura de mais estímulos fiscais para fazer frente aos efeitos da covid-19 e com sinalizações de possíveis ajudas para setores como o aéreo e o de energia. A temporada de balanços, a estabilização do preço do petróleo e novos problemas com a Boeing também estiveram no radar de investidores.

O índice Dow Jones encerrou com avanço de 1,11%, a 23.775,27 pontos, o S&P 500 ganhou 1,39%, a 2.836,74 pontos e o Nasdaq subiu 1,65%, a 8.634,52 pontos. O índice VIX, espécie de termômetro da volatilidade em Wall Street, caiu 13,19%, a 35,92 pontos. Na comparação semanal, no entanto, o Dow Jones perdeu 1,92%, o S&P 500 cedeu 1,31% e o Nasdaq caiu 0,18%, após uma semana marcada pelo caos do petróleo. O EWZ, principal ETF brasileiro em Nova York, despencou 7,67% com a oficialização da renúncia do ministro da Justiça, Sérgio Moro.

A aprovação de um novo pacote fiscal de US$ 484 bilhões para atenuar os impactos econômicos do coronavírus, ontem, repercutiu bem na abertura do pregão. Ao longo da manhã, no entanto, as ações oscilaram em volatilidade, com os índices acionários chegando a operar em território negativo por alguns minutos.

O movimento foi puxado pelo papel da Boeing, que terminou o dia em baixa de 6,36% com notícias de que a gigante da aviação poderá atrasar a retomada da produção do modelo 737 Max até o fim do verão, no Hemisfério Norte.

À tarde, os índices firmaram alta, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinar a legislação com apoio fiscal à economia americana. Durante a cerimônia para a assinatura do texto, o republicano sinalizou a intenção de ajudar os setores de energia e aviação. Entre as aéreas, a reação foi mista, com United Airlines encerrando em queda de 0,62% e Delta em baixa de 0,31%, enquanto a ação da American Airlines avançou 0,59%

Já no mercado de energia, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que a compra da participação em petroleiras é uma das opções consideradas pelo governo para ajudar essas empresas a lidarem com os impactos da covid-19 e da queda na demanda.

Após uma semana caótica, com um dos contratos futuros de WTI chegando a operar em negativo pela primeira vez na história, o setor teve um pregão positivo, com Chevron subindo 0,21% e ExxonMobil avançando 0,67%. A ação da Chesapeake disparou 44,71% em Nova York, após a empresa anunciar que seu conselho adotou um plano de direitos aos acionistas.

Nas telecomunicações, o papel da AT&T ganhou 0,68%, com a notícia da saída do CEO Randall L. Stephenson. Pelo Twitter, o presidente Trump comemorou a troca do comando da empresa, que controla a CNN. "Qualquer um que deixa uma 'emissora' lixo fazer e dizer o que a CNN faz, deve sair o mais rápido possível. Espero que o substituto seja melhor", escreveu.

A temporada de balanços corporativos também segue influenciando os negócios. A ação da Verizon, que divulgou lucro líquido de US$ 4,28 bilhões, ou US$ 1 por ação, no primeiro trimestre, superando expectativas, avançou 0,59%. Já a da American Express, que também teve resultados melhores que o esperado, teve alta de 0,87%.

"Os resultados corporativos do primeiro trimestre continuam fracos, mas as revisões dos lucros começaram a se estabilizar. Perspectivas para segundo trimestre são ruins, mas o S&P 500 não está operando de acordo com os resultados do segundo trimestre", explica o Julius Baer, em relatório enviado a clientes.

Entre as gigantes do Vale do Silício, Facebook registrou avanço de 2,67%, após a Justiça americana aprovar um acordo judicial de US$ 5 bilhões com reguladores do país por violações de privacidade.

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