O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, decretou neste sábado (31), um novo lockdown no país para conter o novo coronavírus. O país ultrapassou hoje a marca de 1 milhão de casos desde o início da pandemia, com quase 22 mil novas infecções registradas nas últimas 24 horas, segundo dados oficiais divulgados neste sábado (31).
Até agora, o país contabiliza 1.011.660 casos confirmados e 46 555 mortes por covid-19 - definidas, neste caso, como aquelas de pacientes que morrem dentro de 28 dias após um teste positivo. Trata-se do quinto maior número acumulado de mortes por covid-19 no mundo, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Neste contexto, Johnson, que vinha resistindo a impor novas restrições, foi alertado por cientistas do governo sobre a necessidade de alguma ação para conter a propagação do vírus e, segundo a imprensa local, deve anunciar um segundo confinamento que deve durar até dezembro.
De acordo com o jornal britânico The Times, todos os estabelecimentos comerciais não essenciais devem fechar, bem como bares e restaurantes. Mas, ao contrário das primeiras restrições, escolas e universidades devem permanecer abertas. Com a medida, o Reino Unido seguiria a mesma linha que França e Alemanha, que impuseram novas restrições com o como objetivo limitar o número de infecções até o Natal para que amigos e familiares pudessem se encontrar novamente.
Um novo bloqueio, porém, pode aumentar a pressão sobre o ministro das Finanças, Rishi Sunal, e o Banco da Inglaterra para que ampliem o apoio à economia do Reino Unido, a sexta maior do mundo.
Durante entrevista coletiva, Johnson afirmou que é preciso agir em meio à nova onda da pandemia. "Temos que ser humildes frente à natureza, o vírus está se espalhando mais rapidamente do que os modelos previam. A falta de macas obrigará médicos e enfermeiras escolher entre pacientes com e sem covid-19, se não agirmos."
O primeiro-ministro também confirma regras menos rígidas do que as impostas em março. "Não vamos voltar ao bloqueio total de março e abril, as medidas que descrevi são muito menos primitivas e menos restritivas. Embora, receio, a partir de quinta-feira a mensagem básica seja a mesma: fique em casa, proteja o NHS (serviços de saúde) e salve vidas", afirmou Johnson.
"O Natal vai ser diferente este ano, talvez muito diferente, mas é minha sincera esperança e convicção de que, tomando medidas difíceis, podemos permitir que famílias em todo o país estejam juntas", complementa. Com agências Internacionais.
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