O governo brasileiro exigiu que a Nicarágua investigue e puna os responsáveis pela morte da brasileira Raynéia Gabrielle Lima. O pedido foi feito durante um discurso no Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta terça-feira, 11.
A estudante foi morta a tiros no dia 23 de julho em circunstâncias ainda não esclarecidas pelo governo da Nicarágua. As ONGs de defesa dos direitos humanos e a reitoria da universidade na qual a brasileira cursava medicina sustentam que ela foi assassinada por paramilitares a serviço do presidente Daniel Ortega.
O governo nega essa versão e alega que Raynéia foi morta por um segurança particular, mas não detalhou o calibre e o número de tiros que a atingiram.
Ao discursar, a embaixadora brasileira Maria Nazareth Farani Azevedo afirmou que o País tem uma profunda preocupação diante da deterioração da situação de direitos humanos na Nicarágua.
Condenamos o agravamento de todas as formas de violência e violações de direitos humanos, disse Maria Nazareth. Lamentamos, em particular, o assassinato no dia 23 de julho da estudante brasileira Raynéia Gabrielle Lima, afirmou. O governo brasileiro segue com interesse o desenvolvimento do caso. Exigimos do governo nicaraguense a rápida identificação e punição dos responsáveis por sua morte.
O governo brasileiro também condenou a decisão de Ortega de expulsar a equipe da ONU responsável por elaborar relatórios sobre a situação de direitos humanos no país centro-americano. A iniciativa da Nicarágua não é conducente ao diálogo, criticou.
Pedimos ao governo da Nicarágua que retome o diálogo e a cooperação com o Escritório do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, assegurando livre acesso ao território, disse.
O Brasil ainda se aliou a um grupo de governos que, de forma dura, condenaram na ONU a postura de Ortega. Até o momento, o governo da Nicarágua não respondeu ao discurso do Brasil.
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