SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Uma adolescente brasileira morreu no Líbano em meio ao confronto entre Israel e Hezbollah no país.
A menina é Mirna Raef Nasser, 16, informou o tio dela Ali Bu Khaled. A informação foi noticiada nesta quinta-feira (26) por Túlio Amancio, da Band e confirmada pelo apresentador do UOL Diego Sarza.
Garota era vizinha de outro adolescente brasileiro, que também foi morto após um ataque aéreo. Eles viviam na cidade de Kelya, na região do Vale do Beqaa, a 30 quilômetros de Beirute. "Conversava sempre com o pai dele. Fiquei muito triste porque nos conhecemos desde pequeno", disse Khaled à GloboNews.
O tio contou que tentou ligar para o irmão para avisar da morte do amigo, mas ele não atendeu. "Aí, outro irmão ligou: 'tão falando que atacaram a casa deles'", relatou Ali Bu Khaled.
A reportagem também entrou em contato com o Itamaraty sobre o caso. Se houver resposta, o texto será atualizado.
BRASILEIRO DE 15 ANOS E PAI TAMBÉM FORAM VÍTIMAS
Ali Kamal Abdallah, 15, e seu pai, Kamal Abdallah, morreram por conta de um ataque aéreo na cidade de Kelya, a 30 quilômetros de Beirute. Menino nasceu em Foz do Iguaçu, no Paraná. Kamal não é cidadão brasileiro, e tem nacionalidade paraguaia.
O governo do Brasil condenou os ataques de Israel "contra zonas civis densamente povoadas" no Líbano. O Itamaraty emitiu uma nota no início da manhã desta quinta-feria (26) lamentando as mortes de Ali e Kamal.
"Ao solidarizar-se com a família, o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades", disse nota à imprensa.
NA ONU, LULA CRITICOU ATAQUES ISRAELENSES
Presidente Lula criticou os ataques de Israel no Líbano durante o discurso na ONU. Já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aproveitou seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, para alertar que o Líbano não pode ser a nova Faixa de Gaza.
Na última segunda-feira (23), o Itamaraty disse ter enviado instruções para a Embaixada do Brasil no Líbano para ser iniciado um processo de consulta com os brasileiros que vivem no país. O objetivo seria saber se o grupo quer ajuda do Estado para ser repatriado ou não.
Aqueles que optassem por continuar no Líbano deveriam sair das regiões do sul, mais próximas a Israel. Zonas de fronteira e outras áreas de risco também devem precisariam ser evitadas.
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