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Capixaba fica presa em Londres após fechamento de fronteiras

Capixaba fica presa em Londres após fechamento de fronteiras

Singrid Poncio e o namorado pretendiam ficar na Inglaterra por dois dias, mas enfrentaram dificuldades para voltar para a casa onde moram, na Irlanda. Tudo isso após uma nova mutação do coronavírus ter sido descoberta no Reino Unido

Publicado em 24 de dezembro de 2020 às 16:04

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A capixaba Singrid Poncio, de 30 anos, ficou presa em Londres depois que fronteiras foram fechadas por conta do coronavírus
Singrid Poncio em foto tirada um dia antes das fronteiras serem fechadas e ela ficar presa em Londres. (Divulgação / Arquivo Pessoal)
Capixaba fica presa em Londres após fechamento de fronteiras

Uma capixaba de 30 anos ficou presa em Londres por três dias depois que uma nova mutação do coronavírus foi descoberta no Reino Unido e todos os voos que saíam do país com destino à Irlanda - onde ela mora - foram cancelados. As fronteiras com a Inglaterra foram fechadas no domingo (20), um dia depois de Singrid Poncio e o namorado chegarem à Londres para resolver pendências da cidadania italiana.

Singrid conta que a ideia do casal era passar apenas um final de semana em Londres e retornar para casa - na Irlanda - na segunda-feira, (21). Mas no domingo a companhia aérea cancelou o voo de  volta por ordem do governo irlandês.

"Fomos à Londres por apenas um final de semana para fazer nosso visto, pois somos cidadãos italianos. Iríamos retornar na segunda, dia 21, bem cedo. No domingo, por volta de 20h30, saiu a matéria nos jornais que a Irlanda e os outros países estavam fechando suas fronteiras para qualquer pessoa que tentasse entrar pelo Reino Unido. Passaram duas horas e a companhia aérea mandou e-mail cancelando o voo. Entramos em desespero, pois não tínhamos ido preparados para ficar mais dias", lembra.

No sábado (19), o governo britânico divulgou que uma nova cepa do coronavírus estava se espalhando rapidamente pelo país e que ela era até 70% mais contagiosa. Depois disso, mais de 40 países decidiram barrar viajantes vindos do território britânico. O Brasil barrou as viagens para o pais apenas nesta quinta-feira (24).

LUTA PARA VOLTAR PARA CASA

Natural de Vila Velha, a capixaba vive na Europa há cerca de quatro anos. Singrid morou na França por dois anos, veio ao Brasil no ano passado e retornou para a Europa no começo deste ano. Em fevereiro, no começo da pandemia, ela se mudou com o namorado - que também é brasileiro - para a Irlanda. 

Com as fronteiras fechadas, o casal travou uma verdadeira batalha para conseguir voltar para casa. Singrid fez contato com várias embaixadas, mandou e-mail para o Ministério do Exterior Irlandês e chegou a comprar passagem de outra companhia aérea - voo que também foi cancelado -, tudo em vão. 

"Somente conseguimos voltar quando mandei e-mail para a Embaixada Irlandesa de Londres e para Embaixada Italiana em Londres. A Embaixada Italiana de Londres nos forneceu um formulário para preencher e nos ajudar financeiramente e a Embaixada Irlandesa de Londres nos colocou em um voo de repatriação na quarta feira, dia 23, às 22h30, mas tivemos que pagar 95 euros por pessoa para conseguir", conta.

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Foram dias angustiantes, de impotência, de medo de não conseguir retornar para nosso lar e além disso perder nosso emprego. Foram muitos gastos para conseguir retornar, mas enfim conseguimos e agora estamos bem e em nosso lar

Singrid Poncio
Capixaba mora na Irlanda e ficou três dias presa em Londres
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LOCKDOWN

A capixaba conta que o coronavírus tem avançado também na Europa e que a Irlanda entrou em novo lockdown.

"Está crescendo novamente, cada vez mais. As pessoas não respeitam as regras que são necessárias, os pubs (bares) estavam abertos até ontem (quarta) e lotados. Nos comércios, são filas e filas para compras de Natal, porém a partir de hoje (quinta) entramos em novo lockdown, sendo fechado tudo, exceto as escolas".

Apesar de tudo isso, ela comemora o fato de estar em casa: "Nada como o nosso lar".

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