Autoridades do governo chinês alertaram suas contrapartes americanas que podem deter cidadãos dos Estados Unidos na China em retaliação à decisão do Departamento de Justiça dos EUA de processar acadêmicos chineses filiados às forças armadas, segundo fontes ouvidas pela Dow Jones.
Os chineses emitiram alertas para o governo dos EUA repetidamente e por meio de diversos canais, disseram as fontes, incluindo por meio da Embaixada americana em Pequim. A mensagem chinesa, segundo as fontes, foi dura: os EUA devem abandonar os processos de acadêmicos chineses em cortes americanas, ou americanos na China podem encontrar-se em violação da lei chinesa.
A China emitiu os alertas depois que os EUA começaram a prender uma série de cientistas chineses, que estavam visitando universidades americanas para pesquisa, e os acusou de esconder seu status de serviço ativo no Exército de Libertação Popular das autoridades da imigração americana, segundo as fontes.
As prisões foram tema de uma matéria no Wall Street Journal, que também reportou as alegações dos EUA de que os diplomatas chineses estariam coordenando atividades com os pesquisadores. Este seria um fator para que a China fechasse o consulado de Houston em julho e removesse o restante dos cientistas militares dos EUA.
As autoridades chinesas já detiveram estrangeiros e movimentos vistos pelos governos como sem base, ou, em outras ocasiões, como retaliação diplomática, uma tática vista por muitos nos ciclos da política de Washington como "diplomacia de reféns." A China negou a cidadãos americanos permissão de deixar o país, e prendeu, acusou ou sentenciou cidadãos do Canadá, Austrália e Suécia.
Um porta-voz do Departamento de Estado americano se recusou a comentar as supostas ameaças da China de retaliar a prisão de acadêmicos militares chineses pelos EUA. Em uma orientação de setembro, o departamento recomendou que americanos evitassem a viagem para a China por diversas razões, incluindo um alerta de que o governo chinês "detém cidadãos de outros países para ganhar vantagem de negociação contra outros governos."
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