Com 56 casos confirmados de pessoas infectadas pelo novo coronavírus, a Argentina resolveu fechar fronteiras, suspender aulas e restringir o transporte público, anunciou neste domingo (15) o presidente do país, Alberto Fernández. A princípio, as medidas valem por 15 dias.
"Temos que fazer todo o possível para que o vírus não se dissemine entre nós. É importante ganhar tempo, porque podemos administrar a questão sanitária", disse Fernández em entrevista coletiva, acrescentando que espetáculos culturais também não poderão ser realizados durante o período.
O presidente fez a ressalva, contudo, de que as fronteiras continuam abertas para cidadãos argentinos ou pessoas que morem no país. Fernández acrescentou, de acordo com o jornal argentino Clarín, que vai buscar formas de restringir o transporte público na região metropolitana de Buenos Aires a expectativa é que 70% das infecções aconteçam em meios de transporte.
Também foi anunciado que os maiores de 65 estarão dispensados do trabalho, por serem considerados grupo de risco. O presidente afirmou ainda considerar o fechamento de shoppings e supermercados para breve.
Há quatro dias, Fernández determinou que todos os argentinos ou residentes que venham dos chamados "países de risco" do novo coronavírus terão de fazer quarentena em casa, por um período de 14 dias.
"Isso não é voluntário, não é uma recomendação, se a determinação não for cumprida, a pessoa que o fizer estará cometendo um delito, que é colocar em risco a saúde pública", disse na ocasião.
Os países considerados de risco são China, Coreia do Sul, Japão, Irã, Itália, Espanha, França e Alemanha. A pena para quem descumprir a quarentena será de 3 a 15 anos, segundo o artigo 202 da Constituição que engloba "delitos contra a saúde pública".
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