A vacina desenvolvida pela Janssen (braço farmacêutico da Johnson & Johnson) se tornou nesta quinta (12) a quarta a ser aprovada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para uso emergencial em todos os países e para distribuição pelo consórcio Covax, que centraliza a compra de imunizantes e os distribui também a países menos desenvolvidos.
A Covax reservou 500 milhões de doses da vacina da Janssen, mas a entrega pode demorar "até julho", segundo o conselheiro sênior da direção-geral da entidade, Bruce Hayward. A OMS afirmou também que a empresa já estuda mecanismos para permitir que o produto seja fabricado também em países em desenvolvimento.
Na próxima segunda, o grupo que aconselha a entidade deve se reunir para aprovar recomendações específicas para o imunizante, que apresentou eficácia de 72% nos testes e foi aprovado também por agências regulatórias dos EUA e da União Europeia.
O processo de inclusão do imunizante na lista de uso emergencial (EUL) foi acelerado por um processo chamado de "avaliação abreviada", que levou em conta os resultados da revisão feita pelo regulador europeu e a avaliação de dados de qualidade, segurança e eficácia.
Segundo a OMS, também foi levada em conta a necessidade de países de renda baixa e média. A vacina da Janssen é vista como uma ferramenta importante para acelerar a vacinação global, porque oferece proteção com uma única dose e não exige ultracongelamento, o que deve facilitar a logística mesmo em locais com menos recursos.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu que governos e empresas encontrem formas de aumentar a produção "de modo que essas ferramentas se tornem bens públicos verdadeiramente globais, disponíveis e acessíveis a todos, e uma solução compartilhada para a crise global". .
"A esperança oferecida por essas ferramentas não se concretizará a menos que sejam disponibilizadas a todas as pessoas em todos os países", afirmou.
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