O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, anunciou, na manhã desta quarta-feira (13), que a reabertura do país começará no dia 1º de junho, tendo como prioridade o retorno dos setores de construção, mineração e automobilístico.
O governo vai utilizar um sistema de cores, semelhante a um semáforo, para definir como será a flexibilização das medidas de quarentena em cada região do país.
Até a manhã desta quarta, o México tinha 38.324 infectados e 3.926 mortes pelo novo coronavírus. Esses números oficiais, porém, vêm sendo contestados pela oposição e pela imprensa internacional.
Segundo López Obrador, o pico da pandemia no país aconteceu entre sábado (9) e domingo (10). Assim, disse ele, a quantidade de casos deve continuar alta até a próxima quarta (20), segundo as projeções da Secretaria de Saúde (que corresponderia ao Ministério da Saúde no Brasil).
O mapa de abertura será dividido em quatro cores, cada uma indicando o grau de reabertura em determinada região.
Quando o semáforo estiver vermelho, a região poderá ter apenas atividades consideradas essenciais. Além da produção e distribuição de remédios e alimentos, que já eram considerados essenciais, o governo ampliou o leque e também incluiu na lista a mineração, a construção civil e a indústria automobilística.
Isso, na prática, significa que essas atividades vão poder reabrir independentemente de como a pandemia estiver. Os três setores são importantes para a economia do país, em especial a indústria automobilística.
Muitas montadoras americanas têm fábricas no México e vinham pressionando o governo local a permitir a reabertura da indústria.
As regiões que tiverem o semáforo laranja poderão abrir mais indústrias, com um novo protocolo de cuidados a ser anunciado pela Secretaria de Saúde.
Já o amarelo permitirá a reabertura de quase tudo, exceto atividades recreativas -não será possível ir a parques e nem fazer passeios pela cidade, por exemplo- e as escolas, que vão permanecer fechadas.
A liberação total, com liberdade de movimentação e retorno das aulas, vai acontecer apenas nas regiões verdes. As cores de cada região devem ser atualizadas semanalmente.
"É um regresso à normalidade, mas uma nova realidade, porque já houve mudanças de procedimentos, de hábitos, de comportamentos", disse López Obrador. Em tom otimista, ele afirmou que o fim da pandemia está próximo.
O secretário de Saúde do México, Hugo López-Gatell, disse que há uma grande parte do território do país sem casos de Covid-19 e que a atenção será redobrada para que a situação continue assim. Ele chamou esses locais de "municípios da esperança" e afirmou que eles devem receber o sinal verde já em 1º de junho.
Segundo cálculos da secretaria, atualmente 269 municípios, espalhados por 15 estados, se enquadram nesses critérios.
Também nesta quarta, a prefeita da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que a capital conseguiu controlar o número de hospitalizações e que o sistema de saúde local não está mais em colapso. A cidade é considerada o principal epicentro dos contágios do país.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta