Além do ataque que deixou centenas de mortos em feridos em Israel na manhã deste sábado (7/10), o grupo militante palestino Hamas mantém agora dezenas de reféns israelenses, tanto militares quanto civis.
Alguns deles, acredita-se, estão sendo mantidos em pequenas cidades próximas à Faixa de Gaza. Outros foram levados de volta para Gaza.
O porta-voz do exército israelense confirmou que há reféns nas comunidades de Ofakim e Be'eri, onde as forças especiais estão envolvidas.
O Hamas afirma ter capturado 53 "prisioneiros de guerra" — e que estes foram "colocados em locais seguros e em túneis".
O grupo não fornece detalhes sobre onde estão esses "locais seguros" ou túneis, e se estão de volta em Gaza ou em Israel.
O vice-chefe do escritório político do Hamas, Saleh al-Arouri, afirmou que "oficiais de alto escalão" do exército de Israel foram capturados.
Ele disse ao canal árabe da Al Jazeera que "o que está em nossas mãos libertará todos os prisioneiros" em Israel — uma referência aparente aos palestinos detidos nas prisões israelenses.
"Há muitos palestinos mortos e muitos israelenses mortos, além de prisioneiros, e a batalha ainda está em seu auge", disse ele.
Arouri afirmou que o Hamas está pronto para enfrentar uma incursão terrestre israelense em Gaza, que ele descreveu como "o melhor cenário para resolver o conflito contra o inimigo".
Nenhuma dessas alegações pode ser verificada de forma independente pela BBC neste momento, e as autoridades israelenses não comentaram os múltiplos relatos de sequestro.
Autoridades israelenses negam relatos de que um general major das Forças de Defesa de Israel (IDF) esteja entre os sequestrados.
No passado, grupos palestinos usaram reféns como moeda de troca para garantir a libertação de militantes detidos por Israel.
Israel conseguiu a libertação de seu soldado Gilad Shalit ao libertar mais de mil prisioneiros palestinos em 2011. Cerca de 200 deles estavam cumprindo penas de prisão perpétua por preparar ou realizar ataques dentro de Israel.
De acordo com o último relatório da B'Tselem, grupo israelense de direitos humanos, havia 4.499 palestinos na prisão por motivos que Israel definia como "segurança" em junho.
Esse número incluía 183 da Faixa de Gaza. Centenas deles estão detidos por estarem ilegalmente dentro de Israel.
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