A República Democrática do Congo anunciou nesta segunda-feira (1º), um novo surto de ebola - simultaneamente à pandemia do novo coronavírus, que infectou 3,1 mil pessoas e matou 71 no país. Este é o 11.º surto de ebola no Congo desde que o vírus foi descoberto em 1976; somente de 2017 para cá, o país já sofreu três surtos.
A região afetada é a cidade de Mbandaka, na província de Équateur, no noroeste do Congo, informou o ministro da Saúde Eteni Longondo. Trata-se de um centro comercial de 1,5 milhão de pessoas próximo ao rio Congo, com transporte regular para a capital Kinshasa, cujos habitantes chegam aos 10 milhões.
As autoridades congolesas identificaram seis pessoas contaminadas na província, das quais quatro morreram no dia 18 de maio em decorrência do ebola. A região já foi afetada pela doença em 2018.
"O novo surto de ebola representa um desafio, mas estamos prontos para enfrentá-lo", escreveu no Twitter a diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti, afirmando que tem trabalhado com as autoridades do Congo ao longo dos anos para fortalecer a capacidade de resposta aos surtos.
O vírus da ebola causa febre hemorrágica, vômito e diarreia e é transmitido por meio de fluídos corporais de pessoas e animais contaminados. A taxa de mortalidade é de 90%. Os primeiros sintomas são febre repentina e alta, fraqueza intensa, dor muscular e dor de cabeça e de garganta.
Para declarar que o país não está mais com o surto da doença, é necessário que se transcorram 42 dias sem o registro de nenhum novo caso. O último paciente com ebola havia recebido alta em 14 de maio em Beni, cidade que foi um dos epicentros da epidemia declarada em agosto de 2018.
No total, 3,4 mil pessoas foram infectadas e 2,2 mil morreram no Congo em decorrência da última epidemia da doença até o dia 21 de maio, segundo dados da OMS.
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