O Congresso dos Estados Unidos confirmou, no fim da madrugada desta quinta (07), a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro. A sessão começou na noite desta quarta e seguiu pela madrugada após a sede do Legislativo americano ter sido invadida por extremistas insuflados pelo presidente Donald Trump.
A sessão, que ocorreu duas semanas antes da cerimônia de posse de Biden, foi marcada pela violência dos apoiadores de Trump e pelas tentativas fracassadas de legisladores republicanos de invalidar os votos de estados vencidos pelos democratas.
A sessão foi presidida pelo vice-presidente Mike Pence (nos EUA, o vice-presidente ocupa também a função de presidente do Senado). Mais cedo, na quarta-feira, Pence havia rejeitado os pedidos de Trump para invalidar a votação do Colégio Eleitoral –o presidente insiste nas falsas alegações de que as eleições de 3 de novembro foram fraudadas.
O vice-presidente americano, Mike Pence, foi o primeiro a falar na reabertura da sessão parlamentar destinada a certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro passado.
O processo foi retomado após agentes das forças de segurança retirarem os manifestantes que haviam invadido o prédio do Congresso na tarde desta quarta (6).
"Àqueles que criaram caos na nossa capital hoje: vocês não venceram. A violência nunca ganha", disse Pence sobre os manifestantes, que são em grande parte apoiadores de Donald Trump, seu colega de chapa.
O vice, que também é presidente do Senado, agradeceu às polícias local, estadual e federal. "A capital está segura", disse ele.
Ele lamentou ainda a morte de uma pessoa durante o tumulto causado pela invasão a mulher foi atingida por um tiro; sua identidade não foi revelada.
Após a fala do vice, o líder dos republicanos no Senado dos EUA, Mitch McConnell, disse que os congressistas não serão intimidados. "Não seremos mantidos fora desta Câmara por bandidos ou ameaças. Eles tentaram perturbar nossa democracia; eles falharam."
McConnell chamou a invasão do Capitólio de "insurreição fracassada". Mais cedo nesta quarta-feira, antes de a sessão ser interrompida pelos manifestantes, o líder dos republicanos fez um discurso duro contra o pedido de aliados do presidente para invalidar votos a favor de Biden.
"Os eleitores, a Justiça e os estados já se pronunciaram. Se anularmos os votos, podemos danificar a República para sempre", disse ele no primeiro pronunciamento. Na retomada da sessão, McConnell reafirmou: "Certificaremos o vencedor da eleição presidencial de 2020".
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