Em seus 42 anos de idade, Jamar Freeland nunca havia pensado em votar. Ele diz que pode resolver sua própria vida e seus negócios sem ajuda de políticos. Mas o americano e motorista de Uber estreou nas urnas neste ano com um voto em Joe Biden. Segundo ele, é uma medida pela sua filha, de 16 anos. "Não quero que o futuro dela seja miserável", afirma.
Ele se arrepende de não ter votado na eleição passada. Se soubesse que o bilionário Donald Trump poderia ganhar a eleição, teria votado, diz. "As pessoas desse país não queriam votar em uma mulher, isso que aconteceu", analisa, sobre a derrota de Hillary Clinton.
Freeland é da Filadélfia, na Pensilvânia, mas vive hoje em Wilmington, Delaware, mesma cidade onde mora o candidato democrata, Joe Biden. Ele não se anima muito por Biden, mas seu voto é anti-Trump.
"Vi as pessoas serem mal tratadas muitas vezes por esse presidente. Ele é a definição de narcisista, só pensa nele. Ele derruba tudo o que o Barack (Obama) fez, só por derrubar. Barack fez coisas pelo povo desse país, não só pelos negros, por todos", afirma.
O eleitor não está tão animado com a possibilidade de Biden vencer. Não porque o democrata não vá receber o maior número de votos, segundo ele, mas porque o sistema de definição de eleição no colégio eleitoral "beneficia o dinheiro", diz. "É o dinheiro contra a vontade popular. O dinheiro ganha muitas vezes. Mas às vezes é o momento de a vontade do povo vencer", afirma Freeland.
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