Final feliz para os capixabas que estavam presos no Peru após as fronteiras do país serem fechadas como medida contra o coronavírus. Depois de cinco dias de espera, eles conseguiram um voo para Vitória, após a Embaixada do Brasil em Lima negociar a viagem com a companhia aérea LATAM. Apesar da felicidade de estarem em casa, agora eles se preocupam com os brasileiros que ainda estão no Peru.
O fisioterapeuta Max Miller Miranda, de 39 anos, e a esposa, a também fisioterapeuta Kellen Alasia Miranda, de 35 anos, foram para Cusco no último dia 13. Mas o que seria uma viagem de férias transformou-se em um grande drama. No dia 16, os turistas foram orientados a procurar o aeroporto para retornar ao Brasil, já que as fronteiras seriam fechadas. Ao chegarem ao aeroporto, já não era mais permitida a saída do país e eles foram informados da determinação de quarentena até o dia 1° de abril.
Desesperados, os brasileiros pediram socorro ao Ministério das Relações Exteriores. O grupo passou cerca de 16 horas no aeroporto atrás de uma definição. Como não houve, cada um teve que conseguir um lugar para dormir, por conta própria e enfrentando dificuldades.
No dia 17, os brasileiros que estavam em Lima tiveram uma resposta da Embaixada do Brasil, que conseguiu a liberação dos turistas. Procurado na ocasião, o Itamaraty informou que estava acompanhando a situação brasileiros. Mas só no último sábado (21), parte deles, incluindo os capixabas, conseguiram sair do Peru.
Em contato com os brasileiros que ficaram, Kellen contou que o Consulado do Brasil em Lima está em Cusco tentando negociar com as outras companhias aéreas para trazer ao Brasil os brasileiros que ficaram. Eles afirmaram que o caso será resolvido até a próxima quarta-feira (25).
"Diferente do Peru, no Brasil não houve a mesma fiscalização ao chegarmos. De qualquer forma, decidimos por conta própria fazer uma quarentena. Enquanto isso, estamos na torcida para que tudo dê certo para os brasileiros que ficaram em Cusco", disse.
A reportagem entrou em contato com o Itamaraty, que respondeu por nota que a Embaixada do Brasil em Lima continua trabalhando para assegurar o retorno de todos os brasileiros atingidos pelas restrições de movimentação ao redor do mundo.
"A situação excepcional torna impossível a elaboração de cronograma preciso dos voos. Funcionários lotados na Embaixada em Lima foram deslocados para a cidade de Cusco, com o objetivo de coordenar a partida dos brasileiros que ainda lá se encontram", afirmou.
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