O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, embora o surto de coronavírus esteja ficando cada vez mais "complexo", a contenção da doença ainda é possível em todos os países, como indica o exemplo da China.
Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, Tedros explicou que, nas últimas 24 horas, foram registrados 129 novos casos de infecção no país asiático, o menor número desde 20 de janeiro. "A queda tem sido consistente", disse.
Ao todo, 90.893 pessoas foram diagnosticadas com a doença globalmente, entre as quais 3.110 morreram. A maior parte dos casos ocorreu em território chinês. No resto do mundo, são 1.848 registros em 48 países, 80% dos quais em apenas três nações: Coreia do Sul, Irã e Itália. Além disso, 122 países não registraram o vírus e 21 tiveram apenas um caso.
O médico etíope destacou também que o coronavírus não pode ser tratado como um gripe comum, porque não se transmite com a mesma eficiência. No entanto, a doença originada na província chinesa de Hubei causa doenças mais severas do que a influenza. "Globalmente, 3,4% das pessoas com coronavírus morreram. Para efeito de comparação, a gripe sazonal geralmente mata menos de 1% dos infectados", explicou, acrescentando que apenas 1% dos casos não apresentam sintoma.
Uma outra diferença é que, diferentemente da gripe, ainda não há vacinas e remédios comprovados contra o coronavírus. "Contudo, testes clínicos de remédios estão sendo realizados e mais de 20 vacinas estão sendo desenvolvidas", revelou.
Questionado sobre as críticas de autoridades brasileiras a respeito da demora da OMS em declarar o surto uma pandemia, o diretor-executivo da entidade, Michael Ryan, disse que essa classificação poderia ser perigosa, já que incentivaria países a passarem da fase de contenção para mitigação, o que seria precoce.
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