O corpo do general iraniano Qassem Soleiman, morto na madrugada de sexta (3) após um ataque com drones realizado pelos Estados Unidos no aeroporto de Bagdá, no Iraque, chegou neste domingo (5) ao Irã, informou a agência de notícias estatal IRIB.
Transmitido ao vivo pela TV estatal do país, o cortejo fúnebre teve início na cidade de Ahvaz por volta das 8h (1h30 no horário de Brasília) e deve chegar à cidade sagrada de Mashhad. Antes disso, no sábado (4), o corpo já havia passado pelas cidades iraquianas de Karbala e Najaf, consideradas sagradas pelos muçulmanos xiitas.
Considerado um herói em seu país, Suleimani terá um funeral de quatro dias. Na segunda-feira (6), o cortejo deve chegar à capital do Irã, Teerã, e, na terça-feira (7), o corpo do chefe do Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária do Irã, será sepultado em Kerman, cidade natal do general.
Assim como ocorreu em Bagdá, no Iraque, a procissão foi tomada por gritos de "morte aos EUA" e pedidos de vingança imediata. Estavam presentes no cortejo o primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, o chefe das forças pró-Irã no parlamento iraquiano, Hadi Al Ameri, o ex-primeiro-ministro Nuri Al Maliki e vários chefes de facções xiitas.
O general abatido pelos EUA era considerado o principal chefe militar do Irã e liderava há mais de 20 anos a força Quds, responsável pela inteligência e por conduzir operações militares secretas no exterior; de acordo com o governo norte-americano, Suleimani é responsável pela morte de 700 militares americanos em todo o mundo.
Após a morte de Qassem Soleimani, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, nomeou o major-general Esmail Qaani como novo comandante da Guarda Revolucionária.
Já nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump foi criticado por parlamentares por não obter aprovação prévia ou notificar o Congresso a respeito do ataque, que causou um aumento dramático na tensão entre o Irã e os Estados Unidos e seus aliados.
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