Uma mão de bronze com detalhes em ouro, produzida há 3,5 mil anos, está intrigando a arqueologia. A descoberta foi feita por uma dupla de caçadores de tesouros, armados com detectores de metais, perto do Lago de Bienna, no cantão suíço de Berna, em outubro do ano passado. De acordo com pesquisadores, trata-se da mais antiga escultura humana em bronze já descoberta na Europa. O material foi entregue ao Serviço Arqueológico do Cantão de Berna.
"Nós nunca vimos nada parecido", comentou Andrea Schaer, diretora do Departamento de História Antiga e Arqueologia Romana no órgão, em entrevista à National Geographic. Nós não estávamos certos de que era autêntico, nem mesmo o que era.
A escultura em formato de mão é toda feita em bronze, com o pulso vestindo um bracelete de ouro. Junto com a peça foi encontrada a lâmina de uma adaga de bronze. Datações por carbono determinaram que o material foi produzido entre 1500 a.C. e 1400 a.C., no meio da Idade do Bronze. Escavações posteriores, no início deste ano, descobriram ossos de um homem adulto, além de um osso da perna de bronze, um ornamento para prender cabelos, também em bronze, e partes dos dedos da mão de bronze, confirmando que a escultura pertence ao mesmo sítio.
Sob a tumba foi encontrada uma construção de pedra. Aparentemente, o homem, junto com a mão e a adaga de bronze, foram sepultados deliberadamente sobre a estrutura.
Em comunicado, o Serviço Arqueológico do Cantão de Berna ressalta que é muito cedo para determinar se a mão foi feita na região dos Três Lagos ou num local mais distante. Nós também não sabemos o significado nem a função atribuída a ela. O ornamento em ouro sugere se tratar de um emblema de poder, um sinal distintivo da elite social ou até mesmo de uma divindade.
Na base da mão existe um buraco de encaixe, indicando que a peça tenha feito parte de um outro objeto, como uma estátua ou um cetro. Existe ainda a possibilidade de a mão de bronze ter sido usada como símbolo ritual ou até mesmo como uma prótese.
As respostas a todas essas perguntas serão buscadas durante estudo científico que começará nos próximos meses, disse o órgão, em comunicado.
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