O bilionário Elon Musk foi escolhido Pessoa do Ano de 2021 pela revista Time nesta segunda-feira (13). De acordo com a publicação, o presidente-executivo da Tesla e dono da SpaceX "já tem um alcance que se estende além da Terra" devido aos planos de construir o que ele próprio chama de "uma arca de Noé futurística". Em setembro, a missão Inspiration 4, da SpaceX, concluiu com sucesso a primeira viagem ao espaço com uma tripulação composta somente por civis. Durante três dias, os quatro passageiros orbitaram o planeta.
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito personalidade do ano, mas como resultado de votação popular. O brasileiro recebeu 24% dos votos computados no site da Time, bem à frente do segundo colocado, o ex-presidente americano Donald Trump (9%). Bolsonaro foi escolhido após forte mobilização de apoiadores em redes sociais e aplicativos de mensagens como WhatsApp e Telegram, que pediam votos ao mandatário e destacavam a facilidade em registrar a escolha, já que o sistema da Time não exigia cadastro para a votação.
Apesar de uma série de ressalvas feita pela revista, que explica que a influência da pessoa escolhida pode ser "para melhor ou para pior", Bolsonaro e seus apoiadores comemoraram o resultado como uma grande vitória. O presidente chegou a dizer que esperava que a Time concedesse o título principal a ele, "respeitando o resultado das eleições".
Ao divulgar a escolha popular, a revista destacou que o presidente brasileiro é investigado pelo Supremo Tribunal Federal pelos comentários feitos em 24 de outubro sem base na realidade de que a vacina contra a Covid-19 pode aumentar a chance de contrair o vírus da Aids. A publicação também ressaltou que Bolsonaro foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado que o acusou de uma série de crimes no combate à pandemia, que já matou mais de 600 mil pessoas no Brasil.
A tradição da personalidade do ano começou em 1927, quando o pioneiro da aviação nos Estados Unidos, Charles Lindbergh, foi escolhido o homem mais influente. De acordo com a revista, a escolha surgiu por acaso. As capas da época haviam acabado de adquirir a emblemática borda na cor vermelha e priorizavam retratos de figuras que se destacavam nos eventos da semana.
Desde o início da publicação da Time, em 1923, quatro brasileiros foram retratados na capa da publicação em edições semanais. São eles: o advogado e político Julio Prestes (1930), o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek (1956), o também ex-presidente da República Jânio Quadros (1961) e o ex-líder do regime militar Costa e Silva (1967).
Há vários outros brasileiros, no entanto, na lista da Time que escolhe as pessoas mais influentes do mundo. Neste ano, a empresária Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, foi a única representante do Brasil entre os escolhidos. Em 2020, a seleção da revista trazia o presidente Jair Bolsonaro e o influenciador digital Felipe Neto.
Também figuraram na lista, em edições anteriores, os ex-presidentes petistas Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, atletas como o jogador de futebol Neymar e o surfista Gabriel Medina, entre outras personalidades.
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