Na segunda-feira (4), na véspera das eleições na Geórgia que vão definir qual partido terá o controle do Senado americano, o presidente eleito Joe Biden participou de um comício em Atlanta, capital do estado, para apoiar a candidatura dos dois nomes democratas que estão na corrida eleitoral.
"Geórgia, toda a nação está olhando para você. Um estado pode traçar o curso não apenas para os próximos quatro anos, mas para a próxima geração", disse Biden no evento realizado em formato drive-in.
No pleito desta terça (5), os senadores republicanos Kelly Loeffler e David Perdue enfrentam respectivamente os democratas Raphael Warnock e Jon Ossof. Caso os democratas vençam as duas disputas, a Casa passará a ter 50 senadores do partido (contando os independentes alinhados à sigla) e 50 republicanos.
Neste caso, o voto de minerva será da vice-presidente eleita, a democrata Kamala Harris.
Biden não mencionou diretamente os esforços de Donald Trump para anular os resultados das eleições de novembro, que culminou com a pressão do atual presidente, neste fim de semana, sobre o secretário de Estado da Geórgia para "encontrar" votos suficientes para reverter sua derrota no estado, mas se concentrou no que os democratas poderiam realizar com o controle do Senado.
"Vocês têm dois senadores que acham que não trabalham para vocês. Eles trabalham para Trump. Vocês têm dois senadores que são fiéis ao Trump, e não à Geórgia. Vocês têm dois senadores que fizeram um juramento a Trump, não à Constituição dos Estados Unidos."
Sobre o episódio mais recente de Trump, o democrata afirmou que seus opositores estão descobrindo agora que "o poder vem do povo". "Essa é a nossa história, é a nossa lei, é a nossa tradição, é a nossa Constituição", continuou.
Tamanha a importância deste segundo turno -que ocorre porque nenhum candidato ao Senado pela Geórgia alcançou os 50% dos votos necessários durante as eleições de 3 de novembro-, o presidente Trump também fará um comício em Dalton, cidade do estado sulista, mais tarde na segunda.
Biden derrotou Trump na Geórgia ao receber 2.473.633 votos, equivalentes a 49,5% do total. O republicano ficou com 2.461.854 (49,3%), marcando uma diferença de exatos 11.779 votos.
Nas últimas semanas, Trump também fez publicações sobre o pleito na Geórgia, só que para denunciar supostas fraudes em massa que, segundo ele, roubaram sua vitória neste estado tradicionalmente republicano -ele não apresentou provas que sustentassem as acusações.
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