SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez a primeira aparição pública, nesta segunda-feira (22), desde que o presidente Joe Biden desistiu da campanha eleitoral de 2024, no último domingo (21), e a endossou para assumir a candidatura.
Kamala Harris exaltou legado de Biden. "Em um mandato, ele já ultrapassou o legado de muitos presidentes que serviram por dois mandatos", afirmou.
A vice-presidente dos EUA também afirmou que Biden tem "um amor profundo pelo país". "Testemunhei em primeira mão o presidente Joe Biden lutando pelo povo americano", disse.
Embora Biden tenha dado sua indicação para que sua vice seja a candidata democrata na campanha à presidência americana, o partido ainda não bateu o martelo. Isso, contudo, não impediu Kamala de dar a largada na sua campanha. A vice-presidente fez uma postagem no domingo (21) em que agradeceu o apoio de Joe Biden à sua candidatura e anunciou um site para arrecadar doações para sua campanha. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata - e unir a nossa nação - para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projeto 2025. Se você está comigo, faça uma doação agora mesmo", escreveu no X.
A arrecadação de fundos para a campanha do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos recebeu US$ 46,7 milhões (aproximadamente R$ 259 milhões) em doações até às 22h de domingo (21) e bateu recorde na plataforma ActBlue. Segundo os administradores da plataforma "este foi o maior dia de captação de recursos do ciclo de 2024".
Segundo a plataforma, os doadores estão entusiasmados com o novo momento da campanha do partido. E o valor continua crescendo.
Ofensiva mesmo sem confirmação
Kamala Harris ainda precisa da confirmação do partido para se lançar na disputa, mas já iniciou a campanha.
Após a desistência, Biden endossou Harris para substituí-lo. "Ofereço meu apoio para Kamala ser a indicada pelo nosso partido neste ano", disse Biden. Minutos após a publicação da carta nas redes sociais, o presidente publicou uma foto sinalizando apoio à sua vice, que também tinha sido citada na carta. "É hora de nos unirmos para combater Trump", afirmou.
A vice-presidente recebeu apoio de outros correligionários. Bill e Hillary Clinton, por exemplo, publicaram uma carta conjunta em que agradecem Biden e declaram apoio à Kamala. "Agora é a hora de apoiar Kamala Harris e lutar com tudo o que temos para elegê-la. O futuro da América depende disso", diz o texto
No entanto, Kamala ainda não recebeu apoio declarado de Barack Obama. Após a desistência, o ex-presidente dos Estados Unidos publicou uma carta nas redes sociais para relembrar a relação com Biden, que foi seu vice. O texto, no entanto, não faz nenhuma menção a Harris ou a qualquer possível substituto na disputa pela Casa Branca.
A vice-presidente ainda precisa ser ratificada pelo Partido Democrata. O presidente do partido disse que vai "empreender um processo transparente e ordenado para avançar para uma candidatura". A posição foi publicada nas redes sociais de Jaime Harrison, líder do Comitê Nacional Democrata, momentos após a desistência de Joe Biden.
A democrata diz que quer "merecer e vencer esta nomeação". Em comunicado enviado à imprensa, a vice-presidente descreveu sua amizade com Biden e narrou planos para a disputa presidencial. "Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata -e unir nossa nação- para derrotar Donald Trump e sua agenda extrema do Projeto 2025", disse a vice-presidente.
Kamala precisa do apoio de 1.969 dos 3.936 delegados democratas para garantir sua indicação na convenção. Biden era o candidato presumido do partido, mas não tem poder direto sobre a escolha do candidato formal dos delegados. A convenção do partido deve acontecer entre 19 e 22 de agosto.
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