O Parlamento israelense aprovou nesta quarta-feira (30) uma lei que, no âmbito das novas restrições adotadas contra o coronavírus, reprime as manifestações que há meses têm como alvo o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu.
A nova legislação proíbe que os israelenses realizem protestos a mais de 1 km de suas casas ?os deslocamentos estarão restritos à compra de alimentos e de remédios.
A medida, segundo o governo, tem como objetivo a redução dos casos de Covid-19, mas opositores e críticos ao premiê israelense classificam a decisão como uma tentativa de silenciar os atos, principalmente os que se concentram ao redor da residência oficial de Netanyahu.
As principais pautas dos protestos são as acusações de corrupção que pesam contra o primeiro-ministro ?pelas quais ele está sendo julgado? e sua resposta à pandemia. De acordo com as últimas pesquisas no país, cerca de um quarto da população confia na gestão de Netanyahu, e as manifestações que reúnem milhares de pessoas nas ruas pedem a renúncia do premiê.
O último conjunto de restrições adotadas por Israel entrou em vigor no último dia 18 e deve durar até a primeira semana de outubro. O índice crescente de casos de coronavírus, entretanto, levou Netanyahu e seu ministro da Saúde a declararem, na terça-feira (29), que as medidas serão prorrogadas por pelo menos um mês.
Até esta quinta (1º), Israel registrou mais de 248 mil casos e 1.571 mortes por coronavírus, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
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