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Entenda o sínodo que discute questões delicadas para Igreja Católica

Entenda o sínodo que discute questões delicadas para Igreja Católica

Assembleia é última etapa de processo consultivo que debate e sintetiza prioridades de fiéis e da instituição

Publicado em 3 de outubro de 2023 às 10:16

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MILÃO, ITÁLIA - Começa nesta quarta-feira (4), no Vaticano, a 16ª edição da Assembleia do Sínodo dos Bispos. Convocada pelo papa Francisco para debater o futuro da Igreja Católica após uma consulta que buscou ouvir fiéis do mundo todo ao longo de quase dois anos, essa etapa é a última e mais delicada do processo. Caberá à assembleia discutir e sintetizar visões sobre as prioridades indicadas pelos católicos.

O papa Francisco durante a celebração
O papa Francisco durante a celebração. (ANDREW MEDICHINI/AP)

Veja abaixo o que é um sínodo, como funciona a Assembleia e o que ela vai debater — e por que isso é importante para a Igreja Católica.

O QUE É UM SÍNODO E PARA QUE SERVE?

O Sínodo dos Bispos é uma reunião episcopal de especialistas que serve de mecanismo de consulta do papa. Os convocados têm a função de debater e de fornecer material para que ele dê diretrizes ao clero, no documento chamado exortação apostólica. As exortações costumam ser publicadas meses depois da assembleia.

O QUE ESTE SÍNODO VAI DEBATER?

O QUE É A ASSEMBLEIA-GERAL?

Após a fase de escuta e síntese, a Assembleia-Geral reúne bispos, cardeais, religiosos de outros graus e leigos de 4 a 29 de outubro, no Vaticano. Eles têm como base de trabalho um resumo dos assuntos levantados pelos fiéis em todo o mundo. Ao fim de três semanas, um relatório deverá ser aprovado. A assembleia continuará em outubro de 2024 para a conclusão dos trabalhos.

QUEM SÃO OS PARTICIPANTES?

São 464 ao todo, sendo 365 com direito a voto no relatório final, incluindo o papa. Há 81 mulheres, das quais 54 podem votar. É o primeiro sínodo com voto feminino.

O ENCONTRO TEM PODER DECISÓRIO?

Não. As diretrizes são dadas somente pelo papa.

O QUE DIZEM GRUPOS PRÓ E CONTRA O SÍNODO?

Alas católicas mais progressistas veem este sínodo como possibilidade de uma reforma da Igreja. Grupos mais conservadores afirmam que o processo de escuta pode mudar tão profundamente a Igreja a ponto de acentuar divisões.

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