MILÃO, ITÁLIA - Começa nesta quarta-feira (4), no Vaticano, a 16ª edição da Assembleia do Sínodo dos Bispos. Convocada pelo papa Francisco para debater o futuro da Igreja Católica após uma consulta que buscou ouvir fiéis do mundo todo ao longo de quase dois anos, essa etapa é a última e mais delicada do processo. Caberá à assembleia discutir e sintetizar visões sobre as prioridades indicadas pelos católicos.
Veja abaixo o que é um sínodo, como funciona a Assembleia e o que ela vai debater — e por que isso é importante para a Igreja Católica.
O QUE É UM SÍNODO E PARA QUE SERVE?
O Sínodo dos Bispos é uma reunião episcopal de especialistas que serve de mecanismo de consulta do papa. Os convocados têm a função de debater e de fornecer material para que ele dê diretrizes ao clero, no documento chamado exortação apostólica. As exortações costumam ser publicadas meses depois da assembleia.
O QUE ESTE SÍNODO VAI DEBATER?
O QUE É A ASSEMBLEIA-GERAL?
Após a fase de escuta e síntese, a Assembleia-Geral reúne bispos, cardeais, religiosos de outros graus e leigos de 4 a 29 de outubro, no Vaticano. Eles têm como base de trabalho um resumo dos assuntos levantados pelos fiéis em todo o mundo. Ao fim de três semanas, um relatório deverá ser aprovado. A assembleia continuará em outubro de 2024 para a conclusão dos trabalhos.
QUEM SÃO OS PARTICIPANTES?
São 464 ao todo, sendo 365 com direito a voto no relatório final, incluindo o papa. Há 81 mulheres, das quais 54 podem votar. É o primeiro sínodo com voto feminino.
O ENCONTRO TEM PODER DECISÓRIO?
Não. As diretrizes são dadas somente pelo papa.
O QUE DIZEM GRUPOS PRÓ E CONTRA O SÍNODO?
Alas católicas mais progressistas veem este sínodo como possibilidade de uma reforma da Igreja. Grupos mais conservadores afirmam que o processo de escuta pode mudar tão profundamente a Igreja a ponto de acentuar divisões.
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