A cerimônia de coroação do rei Charles 3º, marcada para sábado (6), é um caso raro de evento em que quem ficou de fora pode chamar mais a atenção do que quem vai comparecer. No topo da lista de ausências sentidas deve estar Meghan Markle, mulher do príncipe Harry e, portanto, nora do monarca.
O não-comparecimento da ex-atriz foi confirmado pelo Palácio de Buckingham ainda em abril. Enquanto Harry acompanhará o momento histórico e de suma importância para o pai de forma presencial, Meghan permanecerá com os filhos, o príncipe Archie e a princesa Lilibet, nos Estados Unidos, onde moram.
Oficialmente, não houve explicações sobre o motivo da ausência de Meghan, porém -como costuma acontecer com tudo o que envolve a família real britânica- o fato gerou diversas especulações. Sites como o da revista People e o da coluna PageSix, do New York Post, afirmam que ela teria preferido ficar nos Estados Unidos para celebrar o aniversário de 4 anos de Archie, também comemorado no dia 6/5.
Antes da confirmação, havia dúvidas até de se Harry compareceria. Isso porque a relação do filho caçula com o rei Charles não estaria no melhor momento (entenda abaixo). Porém, em março o casal divulgou que o príncipe foi contatado por email parar tratar de sua presença na coroação.
Oficialmente, Harry e Meghan não são membros ativos da monarquia desde fevereiro de 2021, quando o Palácio de Buckingham confirmou que o casal estava deixando suas funções oficiais. A confirmação ocorreu mais de um ano após eles revelarem nas redes sociais o plano de abandonar a realeza com a intenção de trabalhar para conquistar a própria independência financeira.
Apesar disso, Harry segue com status de príncipe, e o casal manteve os títulos de duque e duquesa de Sussex. Porém, eles não são mais tratados como Sua Alteza Real (HRH em inglês). Harry também renunciou a seus títulos militares oficiais e, por isso, não usou uniforme no funeral de sua avó, a falecida rainha Elizabeth 2ª.
Além disso, Archie e Lilibet são o sexto e a sétima na linha de sucessão ao trono britânico, respectivamente -logo atrás do pai, que aparece na quinta posição da lista. Os primeiros lugares são ocupados pelo irmão de Harry, o príncipe William, seguido por seus três filhos com Kate Middleton: George, Charlotte e Louis.
A relação de Harry e Meghan com a família real sofreu mais um abalo no começo deste ano, quando o príncipe publicou um livro de memórias. Em "Spare" ("O Que Sobra", na versão em português), ele relata uma briga com o irmão e direciona grande parte de sua fúria contra a rainha consorte Camilla, mulher de seu pai. Na obra, ele a acusa de cortejar os tabloides para melhorar sua imagem pública.
A publicação se somou a uma série de declarações que não caíram muito bem no Palácio de Buckingham. No ano passado, no documentário "Harry & Meghan", da Netflix, ambos deram depoimentos em que criticavam membros da realeza, além da forma como Meghan teria sido recebida pela família real.
Essas declarações se somam às dadas pelo casal em março de 2021 em entrevista à apresentadora Oprah Winfrey, nas quais relataram "várias conversas" dentro da família real sobre quão escura seria a pele do primeiro filho de Archie, já que Meghan se considera birracial.
Castigo ou não, os dois têm sido cada vez mais excluídos do círculo familiar -Harry tem participado sozinho dos eventos imprescindíveis, como o funeral da avó, a rainha Elizabeth 2ª, no final do ano passado. Em março deste ano, Meghan e Harry foram "solicitados a desocupar" a Frogmore Cottage, uma propriedade de 10 quartos que foi sua residência oficial no Reino Unido.
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