A afiliada do grupo Estado Islâmico no Afeganistão reivindicou a responsabilidade por ataque suicida no sábado na capital Cabul que matou 63 pessoas na noite deste sábado (17). O atentado, em uma festa de casamento lotada, deixou outros 182 feridos, segundo o porta-voz do governo, Feroz Bashari.
O porta-voz do Ministério do Interior, Nusrat Rahimi, confirmou o número de mortes, e as famílias já começaram a enterrar os mortos. A explosão ocorreu em um bairro do oeste de Cabul que abriga grande parte da população minoritária xiita Hazara.
Uma nota do grupo, publicada em um site ligado ao Estado Islâmico neste domingo (18), disse que um combatente do Estado Islâmico paquistanês teve como alvo um grande encontro xiita em Cabul. O comunicado também afirmou que, após o atentado suicida, um carro-bomba foi detonado no ataque, mas autoridades afegãs não confirmaram isso.
O ATAQUE
O agressor detonou seus explosivos perto do palco onde músicos estavam tocando, e "todos os jovens, crianças e todas as pessoas que estavam lá foram mortos", disse uma das testemunhas, Gul Mohammad. Ahmad Omid, um sobrevivente, afirmou que cerca de 1.200 pessoas haviam sido convidadas para o casamento da prima de seu pai.
Moradores de Cabul estão indignados com a continuidade da violência, mesmo quando os Estados Unidos e o Taleban dizem estar se aproximando de um acordo para acabar com o conflito de 18 anos. O Taleban condenou o ataque como "proibido e injustificável" e negou qualquer envolvimento. Fonte: Associated Press.
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