O Departamento de Justiça dos EUA acusou o banco estatal da Coreia do Norte de lavar bilhões de dólares através de bancos internacionais para escapar das sanções impostas por Washington ao programa nuclear de Kim Jong-un.
Segundo os promotores americanos, funcionários do Banco de Comércio Exterior da Coreia do Norte teriam usado cerca de 250 empresas de fachada para fazer com que bancos que passam pelo sistema financeiro americano processassem pelo menos US$ 2,5 bilhões de dólares (R$ 13,5 bilhões).
As atividades financeiras entre entidades ou indivíduos americanos e o banco norte-coreano estão proibidas desde 2013, quando os EUA acusaram a instituição de ajudar no financiamento do programa de armas nucleares de Pyongyang.
Cinco cidadãos chineses e 28 norte-coreanos foram acusados de fraude bancária e lavagem de dinheiro. Entre eles, estão dois antigos presidentes do banco estatal, Ko Chol Man e Kim Song-ui, e outros dois vice-presidentes. As empresas de fachada estariam localizadas na China, na Rússia, na Líbia e na Tailândia.
Os promotores também disseram que parte dinheiro teria sido direcionado aos programas nucleares da Coreia do Norte, mas que o restante teria sido utilizado para enriquecimento pessoal do ditador.
O programa de desenvolvimento de armas nucleares e mísseis balísticos da Coreia do Norte é objeto de sanções das Nações Unidas desde 2006, quem foram sendo endurecidas ao longo dos anos. No entanto, segundo um relatório do Conselho de Segurança da ONU publicado no ano passado, o país continua a produzir esses armamentos.
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