Um drone das Forças Armadas dos Estados Unidos explodiu um carro-bomba operado pelo Estado Islâmico em Cabul, capital do Afeganistão, na manhã deste domingo (29), segundo o Comando Central dos Estados Unidos.
De acordo com o órgão do Departamento de Defesa responsável por operações no Grande Oriente Médio e em parte da Ásia, o carro-bomba seria usado em um atentado na área do aeroporto de Cabul, que já foi atingido por explosões reivindicadas pelo grupo terrorista na quinta-feira (26).
Urban disse que foi registrada uma explosão secundária após o ataque com o drone, o que indica a presença de "uma quantidade substancial de material explosivo" no interior do veículo. "Permanecemos atentos a possíveis ameaças futuras", declarou.
O porta-voz afirmou ainda que as forças americanas estão verificando a possibilidade de vítimas civis, mas, segundo ele, "não há indicações neste momento" a esse respeito.
No entanto, algumas agências de notícias informam que ao menos seis pessoas morreram após as explosões, incluindo quatro crianças. A polícia afegã, até o momento, teria confirmado a morte de uma criança.
Imagens registradas por redes de televisão e repórteres que fazem a cobertura da crise afegã mostram fumaça saindo de uma área residencial. Duas testemunhas disseram à agência de notícias Reuters que a explosão teria sido causada por um foguete que caiu no local.
O aeroporto de Cabul tem sido utilizado pelos americanos e forças aliadas do Ocidente para a evacuação de pessoas que tentam fugir por temer a volta do Talibã ao poder.
O ataque de hoje é o segundo dos EUA contra o EI-K desde que o grupo explodiu duas bombas próximas ao aeroporto de Cabul, na quinta-feira (26).
Mais de cem pessoas morreram na ocasião, incluindo 13 militares americanos. Após o ocorrido, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu caçar os responsáveis.
Na noite de sexta-feira (27), um drone americano atacou a província de Nangahar. Os alvos seriam combatentes do EI-K, que, segundo os Estados Unidos, foram mortos na operação.
A ofensiva contra o EI-K foi autorizada por Biden, que mantém a meta de retirar todas as tropas americanas do Afeganistão até a próxima terça-feira (31), apesar das crescentes tensões no país.
Na manhã de hoje, Biden e sua esposa Jill estavam na base militar de Dover, no leste de Washington, com as famílias dos militares mortos quando a notícia do último ataque aéreo foi divulgada.
EUA emitiram alerta de 'ameaça específica e plausível'
Na noite de ontem, os Estados Unidos emitiram um alerta para uma "ameaça específica e plausível" perto do aeroporto de Cabul e pediram para que seus cidadãos na capital afegã deixassem a área.
"Devido a uma ameaça específica e plausível, todos os cidadãos americanos nos arredores do aeroporto de Cabul devem deixar a área do aeroporto imediatamente", informou em um alerta de segurança a embaixada americana em Cabul.
No alerta, a embaixada destacou a ameaça ao "portão sul [do aeroporto], ao novo Ministério do Interior e ao portão perto do posto Panjshir Petrol, no setor noroeste do aeroporto".
Também ontem, Biden já tinha alertado que seus comandantes militares acreditavam que um novo ataque poderia ocorrer "nas próximas 24 a 36 horas" e qualificou a situação como "extremamente perigosa".
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