Os democratas do Senado dos Estados Unidos revelaram um valor de US$ 3,5 trilhões para seu plano de combate à pobreza, educação e clima. Eles buscarão um acordo sobre os gastos de primeira linha em uma resolução orçamentária nas próximas semanas, e obter a aprovação do Congresso. O valor é um meio-termo entre o pacote de US$ 6 trilhões que alguns progressistas buscavam, e a cifra de cerca de US$ 2 trilhões apoiada por alguns centristas.
A legislação que os democratas estão preparando deve incluir licença familiar e médica remunerada, creche subsidiada, extensão de um crédito tributário infantil ampliado, pré-escola universal para crianças de três e quatro anos, moradia acessível, entre outras questões. Também estenderia os subsídios expandidos da Lei de Cuidados Acessíveis aprovados no início deste ano no pacote de ajuda em virtude da Covid-19. O plano ampliaria os benefícios do Medicare para cobrir odontologia, visão e audição. Também teria como objetivo reduzir o custo dos medicamentos prescritos, permitindo que o programa negociasse os preços, entre outras etapas.
No campo das mudanças climáticas, estão propostas uma série de ideias, incluindo créditos fiscais para investimentos em energia limpa e um padrão de eletricidade com o objetivo de reduzir as emissões de carbono no setor elétrico em 80% e na economia em 50% até 2030.
Para pagar pelos programas, o presidente Joe Biden propôs aumentar a alíquota do imposto corporativo de 21% para 28%, estreitar a rede sobre os lucros das empresas americanas no exterior, e elevar a alíquota sobre ganhos de capital de 23,8% para 43,4%. No entanto, alguns democratas hesitaram diante da escala dos aumentos de impostos propostos. Não está nada claro se os democratas serão capazes de se unir por trás dos gastos de US$ 3,5 trilhões.
A partir de agora, os democratas precisarão aprovar resoluções orçamentárias idênticas na Câmara dos Representantes e no Senado. Depois, provavelmente neste outono do Hemisfério Norte, os democratas planejam usar seu controle restrito do Senado empatado para avançar a legislação por meio de uma manobra orçamentária chamada reconciliação, uma exceção ao limite de 60 votos exigido para a maioria dos projetos. Para tal, os líderes democratas precisam manter todos os senadores na linha partidária, já que nenhum apoio do Partido Republicano é esperado.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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