Os Estados Unidos podem impor restrições a voos do Brasil ainda neste domingo, disse o conselheiro de Segurança Nacional do país, Robert O'Brien, em entrevista ao programa Face The Nation, da CBS. "Acho que hoje (24) teremos uma decisão com relação ao Brasil, assim como fizemos com o Reino Unido, a Europa e China. Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger o povo americano", disse O'Brien. O conselheiro afirmou que os Estados Unidos vão analisar também as restrições para voos de outros países da América do Sul, país por país.
A medida de impedimento de viajantes que chegam do Brasil está sendo aventada pelo governo dos Estados Unidos após o Brasil se tornar o segundo país com maior número de casos do mundo, com 347 mil pessoas infectadas, e liderar o ranking de novos casos por dia. Na última terça-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump já havia cogitado essa possibilidade.
O'Brien também avaliou como "difícil", "corajosa" e "acertada" a decisão de proibir voos entre estados Unidos e China ainda no fim de janeiro. "Centenas de milhares ou milhões de vidas foram salvas porque o Presidente Trump tomou uma decisão que foi totalmente corajosa no momento em que não acreditavam que isso fosse um sério risco à saúde ou mesmo uma pandemia global", observou o conselheiro, citando que os voos entre Estados Unidos e Europa deveriam ter sido interrompidos mais cedo, antes de março.
Ainda sobre o novo coronavírus, O'Brien disse que acredita que os Estados Unidos vão desenvolver uma vacina para a doença antes da China. Ele afirmou também que o governo chinês estaria envolvido em uma "espionagem" sobre a pesquisa e tecnologia norte-americanas utilizadas no desenvolvimento da vacina e no tratamento da doença. "E eu não ficaria surpreso se eles fizessem isso com vacinas. Este foi um vírus que foi desencadeado pela China", argumentou. O'Brien disse que a orientação de Trump é de que caso o país desenvolva a vacina compartilhem com o mundo inteiro.
Quanto à cúpula do G7, prevista para ocorrer em junho, em Washington, O'Brien afirmou que considera que os líderes das principais economias do mundo adorariam discutir e planejar o mundo pós-covid-19 pessoalmente e não por videoconferência. "Se acontecer pessoalmente e achamos que acontecerá, ocorrerá no fim de junho. Acho que estamos chegando muito perto do pico, se ainda não estamos no pico de Washington e se a situação permitir e pensamos que sim, adoraríamos ter o G7 pessoalmente", apontou. O evento estava marcado para ocorrer entre 10 e 12 de junho e Trump cogita realizar encontro como previsto.
O conselheiro acrescentou que não cogita adiamento das eleições presidenciais, mesmo em um eventual segundo fechamento do país para controle da pandemia. "Queremos garantir que tenhamos uma eleição livre e justa. Que as eleições ocorrerão no dia das eleições, não há dúvida sobre isso. E queremos garantir que os americanos possam ir às urnas com segurança e faremos todo o possível para garantir que isso aconteça", assegurou.
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