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Europa anuncia novas restrições contra o coronavírus

Europa anuncia novas restrições contra o coronavírus

A Europa registrara mais de 46 mil doentes; no resto do mundo, são 33.637 casos

Publicado em 15 de março de 2020 às 12:13

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Medidas mais duras contra o coronavírus foram anunciadas em diversos países europeus neste domingo. A Europa é o novo epicentro da pandemia global, segundo a OMS.

Até a 0h deste sábado (14), havia 155.858 casos notificados no mundo, dos quais pouco mais da metade (75.606) ainda ativos. A Europa registrara 46.693 casos, com 41.969 ainda doentes. No resto do mundo, são 33.637 casos.

Turistas usam máscaras de proteção na cidade de Veneza, na Itália, onde o tradicional evento de carnaval foi cancelado devido ao surto do novo coronavírus. (RENATA BRITO / AP / ESTADÃO CONTEÚDO)

Veja as novas restrições até as 14h (10h no horário do Brasil), deste domingo (15):

ESPANHA

Na Espanha, que entra em quarentena total na segunda (15), foram montados bloqueios nas principais estradas e lugares públicos e haverá fiscais em trens, ônibus e estações de metrô. A multa para quem desrespeitar a ordem de isolamento deve ser de 100 euros e até um ano de prisão.

FRANÇA

A França, que desde a 0h fechou bares, restaurantes e lojas, começou a cortar viagens de trem e ônibus e voos de longa distância. O governo apelou para que consumidores não façam estoques e garantiu que 95% dos produtos continuam disponíveis nos supermercados.

REINO UNIDO

O governo britânico deve pedir a maiores de 70 anos que fiquem em isolamento por até quatro meses, segundo o secretário de Saúde, Matt Hancock. A medida deve ser anunciada nos próximos dias. O Reino Unido também prepara medida que permita à polícia prender os que desobedecerem a ordem de auto-isolamento. No sábado, foi divulgado que umbebê recém-nascido teve teste de coronavírus positivo.

GRÉCIA

A Grécia vai limitar a partir de segunda o número de consumidores dentro das lojas. Será permitida apenas uma pessoa para cada 10 metros quadrados. Além de conter o coronavírus, a medida visa inibir corrida às compras. O país também fechou monumentos, sítios históricos, praias e resorts até 30 de abril. O governo também anunciou multa de 5.000 euros para quem desobedecer as regras de isolamento. A Grécia também fechou as fronteiras com Albânia e Macedônia e proibiu voos e chegadas de navios dos dois países, além de da Itália e da Espanha.

ÁUSTRIA

O governo austríaco determinou que as pessoas fiquem em casa e evitem contato inclusive com os familiares ou outros moradores. Foram proibidas reuniões com mais de cinco pessoas, e restaurantes, bares e lojas foram fechados. Apenas farmácias e lojas de comida ficarão abertas.

Na fronteira com a Suíça, os controles foram reforçados, e viajantes da Holanda, do Reino Unido, da Rússia e da Ucrânia não podem mais entrar no país. Foram suspensos voos para esses países. A Áustria convocou os que passaram pelo serviço militar nos últimos cinco anos a ficarem de sobreaviso para formar uma equipe de fiscalização do isolamento.

BALCÃS

Nos Balcãs, Estônia, Litânia e Letônia fecharam as fronteiras.

SUÍÇA

Na Suíça, o cantão de língua italiana Ticino entrou em quarentena total neste domingo. Bares, restaurantes, lojas e escritórios estão fechados desde a 0h deste sábado.

Vaticano. (Pixabay)

VATICANO

O Vaticano cancelou as celebrações de Semana Santa e Páscoa. Eventos do papa continuarão sendo transmitidos pela internet e pela TV, até o dia 12 de abril.

NORUEGA

A Noruega, que já proibira a entrada de todos os estrangeiros, prepara a expulsão de quem não tem residência permanente no país.

REPÚBLICA TCHECA

A República Tcheca deve anunciar quartenta total, disse em entrevista a um canal de TV o primeiro-ministro Andre Babis. O governo se reúne neste domingo para discutir a medida. O país já fechou fronteiras e todas as lojas não essenciais, e proibiu reuniões de mais de 30 pessoas.

HOLANDA

A Holanda se reúne neste domingo para decidir se suspende as aulas no país. Lugares turísticos normalmente lotados, como o Distrito da Luz Vermelha, em Amsterdã, já sentem os efeitos da crise provocada pela doença. Leia mais (Ana Estela de Sousa Pinto)

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