SÃO PAULO - Na abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU, nesta terça-feira (21), o secretário-geral da entidade, o português António Guterres, fez um alerta sobre o que chamou de "surto de desconfiança e desinformação", que colocam em risco os direitos humanos e o combate à pandemia.
Na sequência, o presidente Jair Bolsonaro, o primeiro chefe de Estado a discursar, fez ataques à mídia, defendeu remédios e tratamentos sem eficácia contra a Covid-19 e deu declarações distorcidas sobre o combate ao desmatamento no Brasil.
A fala de Bolsonaro foi bastante criticada por diversas organizações. A ONG Human Rights Watch afirmou que o presidente brasileiro "fechou os olhos para a ciência" e "não mencionou os quase 600 mil brasileiros mortos" devido ao coronavírus. O Greepeace Brasil, por sua vez, apontou que "declarações falsas, distorcidas ou negacionistas de Bolsonaro são sempre recorrentes em seus pronunciamentos públicos".
O apresentador Luciano Huck, que durante muito tempo foi apontado como um presidenciável, elogiou o discurso do secretário-geral da ONU e disse que ele deu um "puxão de orelha nos líderes mundiais".
Entre os 19 líderes do G20 (composto pelas 19 principais economias mais a União Europeia) presentes no encontro, Jair Bolsonaro é o único presidente que declarou não ter tomado a vacina e disse que não iria tomar o imunizante para ir ao evento anual da Organização das Nações Unidas.
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