Uma grande explosão nesta terça (4) em Beirute, capital do Líbano, causou pânico e destruição na região portuária. Uma gigantesca coluna de fumaça pôde ser vista de toda a cidade, relataram testemunhas e a mídia local. Segundo o ministro da Saúde do Líbano, Hamad Hassan, até a tarde desta quarta-feira (5), o número de mortos chegava a 113, além de 4 mil feridos. Conforme estimativa do próprio governo, são 300 mil desabrigados.
Duas fontes de segurança disseram à agência Reuters que a explosão ocorreu na área portuária que contém armazéns. A explosão abalou várias áreas da capital, quebrando janelas e portas e ferindo pessoas.
Não há informações sobre que causou o incidente, próximo a uma área portuária, mas imagens divulgadas pelas redes sociais mostram uma explosão de enormes proporções. Emissoras locais informaram que na região do porto ficavam armazéns de fogos de artifício. Não ficou claro de imediato que tipo de explosivos estavam nos armazéns.
"Vi uma bola de fogo e fumaça subindo sobre Beirute. Pessoas estavam gritando e correndo, sangrando. Sacadas foram arrancadas de edifícios. O vidro dos prédios se partiu e caiu nas ruas", disse uma testemunha da Reuters.
Outra testemunha, segundo a agência, disse que viu uma fumaça cinza pesada perto da área do porto e depois ouviu uma explosão e viu chamas de fogo e fumaça preta: "Todas as janelas do centro da cidade estão quebradas e há feridos andando por aí. É um caos total."
Nas redes sociais, há vários vídeos da explosão em ângulos diferentes e as cenas de pavor nas ruas após o incidente.
Em entrevista à BBC, Hadi Nasrallah, testemunha da explosão, relatou que a cena foi "muito assustadora" e que o barulho foi "muito alto".
"De repente, eu perdi minha audição. Perdi minha audição por alguns segundos. Eu sabia que algo estava errado e, de repente, vi os cacos de vidro se espalhando sobre o carro", contou ele, que admitiu o temor por um incidente político.
Os jornalistas foram proibidos de acessar a zona, segundo um correspondente da AFP. Em frente ao centro médico de Clémenceau, dezenas de feridos, incluindo crianças, às vezes cobertas de sangue, esperavam para serem admitidos, segundo a agência.
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