Uma multidão usando bonés vermelhos com a inscrição "Make America Great Again" protestou neste sábado (12) em Washington, a capital dos EUA, pedindo "mais quatro anos" de mandato para o presidente Donald Trump.
Vários milhares de pessoas se reuniram no Freedom Plaza, não muito longe da Casa Branca, alegando mais uma vez fraude nas eleições -mas sem apresentar evidências. Grupos conservadores também planejaram protestos na Geórgia, na Pensilvânia, em Michigan, em Wisconsin, em Nevada e no Arizona, onde a campanha de Trump questionou a contagem de votos.
Nesta sexta (11), a Suprema Corte dos Estados Unidos encerrou um processo movido pelo Texas, com apoio do presidente Donald Trump, para desconsiderar os resultados da eleição em quatro estados -Geórgia, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin, todos vencidos por Joe Biden.
Mais de 50 decisões de tribunais federais e estaduais confirmaram a vitória do democrata Joe Biden sobre Trump, e o Colégio Eleitoral validará na segunda-feira (14) o novo posto ao democrata, cuja posse está marcada para o dia 20 de janeiro.
Alguns manifestantes ecoaram teorias de conspiração sobre a eleição, mencionando motivos como interferência estrangeira e um software eleitoral que teria apagado milhões de votos destinados a Trump para explicar a derrota que o republicano sofreu nas urnas.
"O povo americano é vítima de uma grande injustiça", disse à AFP Dell Quick, um participante de atos em favor do presidente em fim de mandato, para quem a eleição de Biden parece "completamente impossível".
"Não vamos ceder", promete Luke Wilson, 60, de Idaho, agitando uma bandeira defendendo o direito ao porte de armas.
"Uau! Milhares de pessoas estão se reunindo em Washington para evitar que nossas eleições sejam roubadas", escreveu Trump no Twitter neste sábado.
Entre os manifestantes estavam membros da fraternidade Proud Boys, reconhecidos pelas roupas amarelas e pretas e pelo uso de coletes à prova de balas. Criado em 2016 por Gavin McInnes, co-fundador do conglomerado Vice Media, os Proud Boys chamaram a atenção ao confrontarem, com uso da violência, manifestantes antirracismo durante protestos, ainda que neguem serem racistas.
Comícios anti-Trump, com menor participação, também foram organizados na capital, um deles no Black Lives Matter Plaza, perto da Casa Branca, onde milhares de pessoas se reuniram no início de novembro para celebrar o triunfo do presidente eleito Joe Biden.
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