A Holanda irá impor seu primeiro toque de recolher noturno desde a Segunda Guerra Mundial a partir deste sábado, 23, em uma tentativa de impedir a disseminação do coronavírus no país. A decisão foi tomada após um longo debate parlamentar e com críticas da oposição, que considerou o toque de recolher um "sinal de impotência e pânico absolutos".
Enquanto a medida estiver em vigor, apenas pessoas com necessidades urgentes poderão deixar suas casas entre 21 horas e 4h30.
O toque de recolher deve durar pelo menos até 9 de fevereiro.
São consideradas necessidades urgentes emergências médicas, passeios com animais de estimação e trabalhos essenciais. Os infratores podem ser multados em € 95 (aproximadamente R$ 618).
A Holanda está em lockdown desde o dia 15 de dezembro, quando escolas e lojas não essenciais foram fechadas. Bares e restaurantes deixaram de funcionar dois meses antes.
O país registrou queda constante no número de infecções nas últimas três semanas, mas as autoridades de saúde dizem que novas variantes do coronavírus levarão a um novo aumento de casos no próximo mês se as medidas de distanciamento social não forem reforçadas.
O governo também anunciou nesta quinta-feira, 21, uma extensão das medidas de apoio financeiro às empresas, injetando € 7,6 bilhões extras (aproximadamente R$ 49,5 bilhões) em esforços para sustentar empresas em dificuldades e proteger empregos em meio à desaceleração econômica causada pela pandemia e pelo bloqueio.
A pandemia já deixou 13 mil mortos na Holanda.
Outros países da União Europeia, como Bélgica, França, Itália, Grécia e partes da Alemanha, também tentam manter a população em casa à noite
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