Uma mulher de 97 anos que trabalhava como secretária de um campo de concentração nazista foi condenada nesta terça-feira (20) por seu papel no assassinato de milhares de pessoas, no que pode ser um dos últimos julgamentos por crimes cometidos durante a Segunda Guerra Mundial.
O tribunal da cidade de Itzehoe, no norte da Alemanha, condenou Irmgard Furchner a uma pena suspensa de dois anos de prisão por ajudar e ser cúmplice no assassinato de 10.505 pessoas e pela tentativa de assassinato de outras cinco, segundo um porta-voz da corte.
A promotoria originalmente acusou Furchner de ajudar no assassinatos de 11.412 pessoas. Ela foi levada ao tribunal vestindo um casaco de inverno de cor creme e boina, com um cobertor sobre o colo.
Em uma declaração no encerramento do julgamento no início deste mês, Furchner disse que sentia muito pelo que havia acontecido e lamentava ter trabalhado, entre 1943 e 1945, no campo de concentração de Stutthof, localizado perto de Gdansk, na Polônia.
Cerca de 65 mil pessoas, entre prisioneiros de guerra e judeus capturados na campanha de extermínio nazista morreram de fome e doenças ou na câmara de gás em Stutthof.
O início do julgamento de Furchner estava previso para setembro de 2021, mas acabou adiado depois de a acusada fugir brevemente. Ela foi pega horas depois de não comparecer ao tribunal. A ex-secretária foi condenada pela lei juvenil, pelo fato de ter entre 18 e 19 anos na época dos crimes.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta