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Incêndio destrói milhares de urnas eletrônicas na Venezuela

Incêndio destrói milhares de urnas eletrônicas na Venezuela

O episódio pode comprometer as eleições parlamentares agendadas para este ano -o Legislativo é atualmente controlado pela oposição. A data do pleito ainda não foi definida

Publicado em 9 de março de 2020 às 17:18

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Bandeira da Venezuela. (Pixabay)

Um incêndio no final de semana destruiu a maioria das urnas eletrônicas armazenadas no principal galpão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, em Caracas, informou o órgão no domingo (8).

O episódio pode comprometer as eleições parlamentares agendadas para este ano -o Legislativo é atualmente controlado pela oposição. A data do pleito ainda não foi definida.

O galpão de 6.000 metros quadrados foi atingido por chamas no sábado (7), que destruíram em meia hora mais de 44 mil máquinas de votação, 582 computadores de registro civil, 49 mil aparatos de identificação biométrica e outros equipamentos de eletricidade. Não houve feridos.

Nesta segunda, a presidente do CNE, Tibisay Lucena, afirmou que, apesar dos extensos danos, "o sistema eleitoral venezuelano está longe de ser destruído".

"Neste caso, que estamos aguardando para saber se é um ato criminal, foram afetados somente dois dos processos [eleitorais]: o processo de inventário e o processo de produção de máquinas."

Ela assegurou que as eleições no país estão seguras e não serão "pequenos grupos de pessoas" que prejudicarão "processos eleitorais constitucionalmente estabelecidos".

Mas Lucena, que é alinhada ao governo chavista, não detalhou quantas urnas eletrônicas ficaram a salvo ou como o episódio afetaria as futuras eleições.

O processo eleitoral na Venezuela está sob os holofotes desde a reeleição do ditador Nicolás Maduro, em 2018, considerada como fraudulenta, o que levou a diversos governos ao redor do mundo a não o reconhecerem como mandatário.

A empresa que produz as urnas eletrônicas suspendeu as operações no país em 2017, depois de um referendo contestado dar origem a um corpo parlamentar conhecido como Assembleia Constituinte.

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A firma disse que os resultados do plebiscito foram inflados em ao menos 1 milhão de votos a favor do governo.

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