A Guarda Revolucionária do Irã (GRI) reivindicou ataques com mísseis a ao menos duas bases iraquianas que abrigam militares dos Estados Unidos nesta terça (7). Os locais atacados foram a base aérea de Ain al Assad, no oeste do país, e uma outra em Erbil, quarta maior cidade do Iraque e capital da região autônoma do Curdistão. O Irã assumiu o ataque contra a base americana.
O Pentágono confirmou que os mais de 12 mísseis foram lançados pelo Irã. "Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã e tinham como alvo duas bases militares iraquianas onde havia tropas americanas e aliados em Al-Assad e Irbil", disse que Jonathan Hoffman, assistente do departamento de Defesa. "Estamos trabalhando nas avaliações iniciais dos danos."
Segundo ele, as bases estavam em alerta máximo por conta de "indicações de que o regime iraniano planejava atacar" forças americanas na região.
O ataque ocorre após grupos armados pró-Irã prometerem unir forças para responder à ofensiva de um drone americano que na sexta-feira (3) matou o general iraniano Qassim Suleimani e o líder militar iraquiano Abu Mahdi al Muhandis em Bagdá. Suleimani chefiava a força de elite da GRI, chamada Quds.
"A vingança feroz da Guarda Revolucionária já começou", disse a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã em um comunicado no canal Telegram, segundo o jornal The New York Times.
?A base aérea de Ain al Assad atingida fica na província de Anbar, a cerca de 200 km de Bagdá, e recebeu uma visita de Trump em dezembro de 2018.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, o presidente Donald Trump está a par do ocorrido e monitorando a situação junto a especialistas de segurança do governo. Além da base aérea, um oficial americano afirmou à agência Reuters acreditar que outros localidades no Iraque também tenham sido atacadas. Mas ele não deu mais detalhes.
Após o ataque, o Pentágono afirmou que tomaria todas as medidas necessárias para proteger os americanos na região, seus parceiros e aliados.
Mais cedo na terça, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse que os Estados Unidos deveriam antecipar a retaliação do Irã pelo assassinato de Soleimani.
"Acho que devemos esperar que eles retaliem de alguma forma", disse Esper em entrevista coletiva no Pentágono. "Estamos preparados para qualquer contingência. E então responderemos adequadamente ao que eles fizerem."
O Parlamento do Irã aprovou nesta terça uma lei que designa as Forças Armadas dos Estados Unidos como ?terroristas?, ao passo em que a GRI pediu a retirada total do Exército americano do país. ?
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta