O jornalista mexicano Fredid Román foi assassinado na tarde desta segunda-feira, 22, em Chilpancingo, capital do Estado de Guerrero, no sul do México. O atentado é o 15º assassinato de jornalistas que ocorre no país em 2022. Román foi alvo de disparos dentro de seu carro. Segundo informações da Polícia Estadual, o jornalista já estava morto quando os socorristas da Cruz Vermelha chegaram ao local do crime. Os ferimentos das balas atingiram diferentes partes do corpo.
"Os serviços especializados se deslocaram ao local dos acontecimentos para realizar os atos de investigação, o que permitirá obter as provas necessárias para esclarecer os fatos", informou o Ministério Público Geral do Estado (FGE) de Guerrero.
As autoridades investigam os responsáveis pelo "homicídio por arma de fogo". Román escrevia a coluna La Realidad Escrito com circulação na mídia local. Antes, ele foi o fundador do extinto jornal impresso La Realidade; também dirigiu o periódico Expresión Popular e colaborou em diferentes mídias na capital de Guerrero.
A FGE apontou que uma das possíveis linhas de investigação pode estar relacionada com o assassinato do filho de Román, ocorrido na cidade de Ocotito, Guerrero, em 1º de julho, o que não teria relação direta com o trabalho jornalístico.
Embora Román não tocasse em questões de violência, há poucos dias o colunista foi ao Ministério Público exigir justiça pelo assassinato do familiar, disse a Associação dos Jornalistas de Guerrero. "Exigimos que o procurador-geral de Guerrero inicie prontamente a investigação do homicídio, bem como um suposto vazamento da exigência de justiça que o nosso colega fez perante a FGE", declarou o comunicado.
O Ministério Público Geral de Guerrero sustentou, porém, que "realiza a investigação e o acompanhamento para esclarecer os fatos, para aplicar a lei aos responsáveis por diversos crimes". Com o assassinato de Fredid Román, há 16 jornalistas mortos em Guerrero desde 2000. É o segundo homicídio no atual governo estadual.
Recentemente, o representante adjunto do escritório mexicano do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (UN-DH) alertou que "o número de assassinatos de jornalistas registrados no México é motivo de preocupação".
Segundo dados da organização Articulo 19, desde 2000, ao menos 154 comunicadores foram assassinados no país com possível relação ao trabalho jornalístico.
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