O novo coronavírus já matou mais de 100 mil pessoas em todo o mundo, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, que monitora a doença.
Os primeiros casos da Covid-19 na China, então sem identificação, foram relatados no fim de 2019. Em 11 de janeiro, a mídia estatal reportou a primeira morte conhecida pela doença causada pelo novo coronavírus, que tinha infectado dezenas de pessoas até então. O homem de 61 anos que morreu frequentava o mercado de peixes e animais vivos de Wuhan, e tinha descoberto havia pouco que tinha tumores abdominais e doença hepática crônica.
De Wuhan, província chinesa e epicentro inicial, a doença se espalhou por mais de 180 territórios e infectou mais de 1,6 milhão de pessoas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o mundo vivia uma pandemia da nova doença no dia 11 de março.
Os EUA, com quase meio milhão de infectados (perto de um terço do total mundial) e quase 17 mil mortes até a última atualização, são o atual epicentro da Covid-19 no mundo. Na Europa, Itália (143 mil infectados e 18 mil mortes) e Espanha (157 mil infectados e quase 16 mil mortes) já começaram a desacelerar o contágio e o número de mortes.
Os óbitos pela doença nos três países somados correspondem a pouco mais de 50 mil mortes, cerca de metade do total em todo o mundo.
Apesar de uma proporção baixa de óbitos por casos confirmados em relação a doenças mais agressivas, como o Ebola ou a Mers (outro tipo de coronavírus), a Covid-19 tem uma velocidade de contágio muito alta.
Cenas como caminhões frigoríficos usados como necrotério improvisado em Nova York, caixões acumulados em igrejas nas Itália e corpos nas ruas no Equador mostram a dimensão dramática do impacto da Covid-19 nos sistemas de saúde e na organização social.
No Brasil, até a quinta-feira (9) havia 941 óbitos provocados pela doença e 17.857 casos confirmados de infecção, segundo última atualização do Ministério da Saúde.
São Paulo, o epicentro da doença no país, tem 7.480 mil casos confirmados e 496 mortes, e construiu hospitais de campanha para ajudar o sistema de saúde a sustentar o possível aumento de internações nas próximas semanas. Estruturas semelhantes estão prontas ou em construção em outros Estados, como Rio de Janeiro, Goiás e Paraná.
O aumento rápido e grande das internações pela Covid-19 exige disponibilidade adequada de leitos de tratamento intensivo, respiradores, medicamentos e equipamentos de proteção individual (EPI), tanto para o sucesso do tratamento como para que se coloque um freio na disseminação da doença.
Alguns Estados estão em situação mais grave que outros, segundo o Ministério da Saúde. O Amazonas, por exemplo, já está com o sistema de saúde à beira do colapso, com 95% de seus leitos de UTI ocupados.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta