Além do Reino Unido, outros três países foram alvo de restrições de viagens nesta segunda (21), para tentar conter uma mutação do novo coronavírus, que tem maior poder de contágio.
Os bloqueios atingem passageiros que estiveram na África do Sul, Dinamarca e Holanda, e foram determinados por países como Alemanha, El Salvador, Israel, Sudão, Suécia, Suíça e Turquia.
As restrições variam entre os governos: a Suíça, por exemplo, vetou apenas voos vindos da África do Sul e do Reino Unido. Já a Arábia Saudita fechou as fronteiras por completo, a qualquer estrangeiro, por uma semana.
Itália e Austrália também identificaram pessoas com a nova mutação. As medidas de restrição tomadas pelos países tem como objetivo exatamente dificultar a disseminação dessa variação que, por ser 70% mais infecciosa, acaba circulando com maior velocidade. No entanto, ainda é preciso fazer estudos mais aprofundados para confirmar esse dado.
Esta nova linhagem, chamada de B117, foi encontrada em maior quantidade no Reino Unido. Isso levou o governo britânico, no sábado (19), a reforçar o lockdown, às vésperas do feriado de Natal, quando há uma grande quantidade de viagens.
Depois do anúncio do premiê Boris Johnson, dezenas de países passaram a restringir temporariamente a entrada de pessoas vindas do Reino Unido. A lista somava mais de 30 nações no fim da manhã desta segunda (21) na noite de domingo, eram apenas 13. Argentina, Alemanha, Arábia Saudita, Índia, Noruega e Rússia estão entre os países que anunciaram bloqueios.
O Brasil, até o momento, não restringiu voos de nenhum dos países com casos da nova variação.
Pesquisas iniciais apontam que a nova mutação tem maior habilidade para entrar nas células humanas, o que aumenta seu poder de contágio. Essa vantagem ocorre por alterações no chamado "spike", a parte usada pelo vírus para forçar a entrada nas células.
Mutações em vírus são corriqueiras. Conforme o patógeno se reproduz, as novas versões possuem detalhes levemente diferentes das anteriores, embora a maior parte siga igual. Hoje há várias versões do coronavírus circulando.
Com o tempo, variações mais eficientes acabam se proliferando mais. Um dos pontos que preocupam o governo britânico é que o essa nova variedade já representa dois terços dos novos casos de infecção registrados em Londres.
As imunizações só precisam ser refeitas em caso de grandes mutações, o que parece não ser o caso atual. Autoridades de saúde disseram neste domingo que as vacinas atuais contra o coronavírus devem dar conta de combater essa nova versão.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta