O ministro da Saúde da Jordânia foi demitido neste sábado (13), depois que sete pacientes morreram após faltar oxigênio em um hospital que tratava doentes com Covid-19. A polícia teve de conter centenas de parentes revoltados, segundo relatos de testemunhas e da mídia local.
O colapso no fornecimento de oxigênio atingiu a UTI, a maternidade e a ala de Covid-19 no novo hospital al-Hussain na cidade de Salt, a oeste da capital do país, Amã.
O primeiro-ministro Bisher al Khaswaneh anunciou ter demitido o ministro da Saúde, Nathir Obeidat. Em pronunciamento, o primeiro-ministro afirmou que seu governo assumia responsabilidade total pelo incidente.
No Brasil, mais de 30 pessoas morreram após faltar oxigênio em hospitais de Manaus, em meados de janeiro. Apesar de vários documentos indicarem que o Ministério da Saúde sabia do colapso iminente e se omitiu, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, continua no cargo.
Na época, o presidente Jair Bolsonaro se eximiu de responsabilidade, dizendo: "Fomos além do que somos obrigados a fazer". Bolsonaro afirmou que não houve ofício de autoridades do estado sobre falta de insumo, mas ministro da Saúde foi avisado sobre a escassez pelo governo do Amazonas e pela empresa que fornecia o oxigênio.
Na Jordânia, o ministro da Saúde, Obeidat, afirmou que assumia "responsabilidade moral" pelas mortes dos pacientes, que estavam sob tratamento para Covid-19 quando o hospital ficou sem fornecimento de oxigênio por quase uma hora.
"Este é um erro grosseiro que não podemos aceitar ou justificar. Eu sinto vergonha disso", disse o premiê Khaswaneh, que aguarda resultados de uma investigação judicial.
O rei Abdullah visitou o hospital, na tentativa de aliviar as tensões. "Como isso pode acontecer em um hospital deste?", perguntou o rei, ao entrar no local, que custou milhões de dólares e entrou em operações em agosto do ano passado.
A Jordânia, que tem população de cerca de 10 milhões, registrou 385.533 casos de Covid e 5.224 mortes.
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